Perspicazes
Hoje eu quero proferir sobre leviandades. Como as pessoas estão.
Alienamento e desdém. Impassibilidade e marasmo. Inércia.
Não sou generalista em dissertar que é a pluralidade humana.
Contudo, a conveniência e a curiosidade em aprender não existem.
O entusiasmo e a disposição para instruir-se e formar-se são nulos.
Quase nulos. Porque ainda há uma parcela de indivíduos apreciadores.
Admiradores, conhecedores e diligentes que valorizam o saber.
Em contraste com os fuxiqueiros e vulgares de plantão.
Esses alcoviteiros e bisbilhoteiros só expressam vulgarismo.
Eu não fico perto de gente assim. Imediatamente, retiro-me.
Como eu vou ficar perto de quem só manifesta banalidades?
Trivialidades e frivolidades. Estou construindo a minha essência.
A profundidade da minha alma; o âmago da minha natureza.
Similarmente, eu preciso dadivar ou obsequiar um conteúdo.
Até como uma maneira de centrar a atenção do outro em mim.
Você tem de presentear outrem com o seu contento.
Assuntos, tópicos, temáticas, argumentos e atualidades.
Tudo faz parte de uma conglomeração inventiva e talentosa.
Por conseguinte, nós temos de criar o hábito de ler e escrever.
Só assim seremos mais sensíveis, sagazes e perspicazes.