Ela
Nesse texto, eu ia falar de Jesus Cristo e do quanto ele sofreu aqui.
Contudo, nesta noite de sábado em casa, eu gostaria de falar sobre ela.
Ela que, surpreendentemente, chegou na minha vida e decidiu ficar.
Não tenho a ambição, desejo ou vontade de ser melodramático.
Melancólico. Apenas objetivo transferir para o universo digital.
Transportar meus sentimentos e emoções para o meio eletrônico.
Primordialmente, meu cérebro está doente. Minha mente também.
Apesar disso, eu sou mais que o meu cérebro e a minha mente.
Logo após, eu fui afetado pelo que os psiquiatras chamam de paranoia.
Trata-se de uma doença do pensamento. Essa enfermidade é cruel.
A minha mente criou uma obsessão; uma fixação por pensamentos.
Pensamentos macabros e tenebrosos. De morte e suicídio.
Inicialmente, eu fiquei muito atormentado com essa mentalização.
Até hoje, são ideias que me acompanham. Já faz quase dois anos.
Todos os dias, eu tenho experimentado dessa corrosiva angústia.
Todavia, o ideal suicida tem sido recorrente na minha mente.
Não é o que eu quero para mim. E eu disse que ela veio para ficar.
Ela é a depressão e a ansiedade. Os dois males do século 21.
Isso não é uma carta de despedida. Estou em tratamento.
Psiquiatria e psicanálise agregadas e conciliadas. Pacientemente.
A psicofarmacologia gerencia e supervisiona o meu cérebro doente.
Já a psicanálise, através da minha fala, averigua e inspeciona.
Viver estressado, ansioso e depressivo não é ter saúde mental.
Mesmo que minha fé em Cristo esteja enfraquecida, eu ainda o amo.
Eu o amo porque Ele me amou primeiro. Cristo vive para sempre.