O mapa astral do filósofo
Era uma vez um filósofo que resolveu fazer seu mapa astral.
O astrólogo que fez o mapa estava com muita preguiça e em vez de fazer o mapa do filósofo, pegou as explicações do mapa astral que havia feito para a sua sogra e passou para o filosofo como se fossem dele.
O filosofo olhou para as qualidades descritas no mapa, qualidades que ele não reconhecia em si, e tratou de busca-las com todo ardor, pois este era o seu dever.
O filosofo olhou para os defeitos descritos no mapa, defeitos estes que ele não reconhecia em si, mas tratou de exterminar qualquer vestígio deles, pois este era o seu dever.
Anos depois este filósofo resolveu fazer outro mapa astral, mas desta vez com um astrólogo de verdade, destes que não sucumbem a preguiça.
Desta vez se identificou com as qualidades do mapa, qualidades estas que ele aprimorou bastante, pois teve que usá-las enquanto buscava a qualidades que ele não tinha.
Também desta vez se identificou com os defeitos descritos no mapa, defeitos estes que já tinha encontrado grande domínio sobre eles, pois ao tentar combater os defeitos invisiveis descritos no mapa apócrifo, não conseguindo encontra-los tratou de atacar a raiz de todos eles – o egoísmo.
Moral da história: se você é filósofo, toda experiencia é vista pelo o que ela realmente é: uma oportunidade.