ORVALHO
Continuo aqui, estupefato depois daquela noite tempestuosa, porque logo pela manhã percebi que sobrou apenas aquele cheiro de chuva no ar, e ao agachar diante da úmida folhagem, percebo um pequeno diamante brilhando a frente dos meus olhos, e digo:
Oh pequena gota!
Não se sinta diminuta, já que és uma partícula de um todo.Quando agrupada, foge da ideia de ser uma pequena ou frágil unidade.
Tua força e abrupta, quando unida a outras mais. . .
Se transformam em chuva, e; é aumentada sua força se tornando esta temida tempestade.
Não se precupe com tua força, caso seja abalado o grupo, suas dimensões são desde lagos, rios e mares, se adicionado grandezas, a tua força e tamanho se boas ou más de acordo com o impacto no que lhe é alheio, como nas calmas ondas, até os tisunames arrasadores.
Ah pequena gota!
Você que não acredita na força de um conjunto agora,
experimente se unir novamente dentro do mesmo ideal, e entenderá a força das massas.
Saiba, que o que faz as pessoas mais simples se transformarem em ídolos, não são seus surpreendentes talentos, mas o quantitativo de pessoas que aplaudem seus atos..
Se não fosse as massas, não haveria plateia.
Um homem só ,não faz discursos inflamados.
Todas as grandes ceitas, grupos,etnias,religiões, partidos políticos, greves, manifestos,passeatas, são a soma de todos.
Conjuntos...
Ah pequena gota! Você aí parada a minha frente, no final da chuva se apoia na ponta da folhagem deste pequeno arbusto,unitária;sozinha pela manhã.
Comparável a uma jóia rara,lapidada pelo frio que te rodeia,se transforma neste lindo e luxuoso orvalho.
Grandioso e magnífico em qualquer proporção que se encontre.
( Do meu livro: Textos Avulsos)
( Autor: George Loez)