Efemeridade
Estamos em um planeta onde tudo é passadiço e provisório. Breve.
As relações humanas são perfunctórias e superficiais. Insignificantes.
O momento atual é labiríntico e intrincado. Estou nos meus piores dias.
Contudo, quero abordar sobre a vulnerabilidade da vida humana.
O corpo humano é um aparelho desvalido e susceptível ao tempo.
Nosso corpo mortal veio do pó e ao pó há de retornar (Gênesis 3:19).
Nós sabemos que seremos sepultados no interior de um túmulo gelado.
Certamente, não deixamos nossas aspirações e projetos de lado.
Inegavelmente, todos cumprimentaremos a morte em algum tempo.
Enquanto isso, escolhemos como vamos viver nesse mundo macabro.
Sim, vivemos em um mundo deteriorado e hediondo. Abominável.
Por exemplo, eu escolhi viver solteiro e não ter filhos. Sou julgado.
Sou criticado por tal decisão. Ainda mais, escolhi a terapia.
Escolhi consultar um psicanalista e um psiquiatra para levar a vida.
Porque a vida nesse mundo não está fácil. Pessoas venenosas.
Dizendo palavras tóxicas. Com o intuito de maleficiar o próximo.
Ao mesmo tempo, com o propósito de martirizar, afligir e supliciar.
Dessa maneira, precisa-se de um fluxo de drenagem de emoções.
Faço uso diário dos meus medicamentos psiquiátricos. Não sou louco.
Considero-me razoável e prudente. Cuidadoso, acautelado e sensato.
Não gosto muito do ''livre arbítrio'' porque não escolhi o que houve.
O que aconteceu comigo. Eu não escolhi. Depressão e ansiedade.
Porém, mesmo vivendo neste planeta de sofrimento e aflição,
Eu posso experimentar na prática diária que tudo é uma efemeridade.
Todos os seres viventes e residentes dessa Terra são frágeis e breves.
A delicadeza e a transitoriedade definem a existência nessa pátria.