Foi Bom Conhecer-lhe, Estar Contigo

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Rio de Janeiro: foi muito bom conhecê-lhe em minhas andanças por São Cristóvão, Lapa, Tijuca, Urca, Ipanema, Leblon…

Eu não devia morrer sem conhecer essa Cidade Maravilhosa que um dia meu pai conheceu, trabalhou e nos contou sobre essa sua aventura.

Uma cidade... fonte de inspiração, berço amado da nossa história e da Cultura Lusófona. Um Santuário natural a céu aberto...

Mergulhar nas suas águas litorânea é marcante, uma experiência inesquecível… fui conferir de perto sensação; a sua beleza natural e modificada pelo homem e, me encantei com a exuberância que contemplei...

Vi a cidade das alturas e da terra-firme; do plano inferior, das montanhas; antes e depois dos voos, como o meu velho pai.

Até então, eu ó sabia dos seus encantos-mil, de ouvir falar… de ver suas imagens, circular o mundo.

De perto seu cenário de rara beleza é ainda mais encantador!

Sua temperatura ambiente é quase insuportável; de tão quente, mas sua beleza supera o desconforto atmosférico.

A lindeza da cidade e o calor humano do seu povo supera tudo. Essas duas coisas juntas, é de se tirar o chapéu… no geral, as pessoas por lá são solícitas no informar, no ajudar ao próximo…

No trânsito é comum motoristas freiarem seus veículos e darem preferência ao pedestre.

Fiz novos amigos, visitei museu, respirei os ares da metrópole e em reduto de poetas, ouvi poesias: declamadas, cantadas. - Em evento literário, na praia, junto ao mar.

Vi danças folclóricas dos nossos patrícios portugueses, e discursos literários, inflamados…

Vislumbrei garotas de Ipanema, que o poeta cantou; abraçarem o sol ardente de verão nas areias quente da orla. - Bronzeadas, aquecidas, desejadas... a encantarem olhares, aguçarem imaginações...

No meu “tour” respirei cultura e em momento solene vi-me entre amigos acadêmicos.

Seu povo é bom; um malandro somente me enganou… mas, não se nega a gentileza urbana das pessoas humanizadas de lá…

Nesse meu andar realizei sonhos antigos…

Andei no teleférico do Pão de Açúcar, já na sua terceira versão. O primeiro bonde, que o meu pai andou, ainda está lá como prova de tudo.

Orei na igreja matriz da Lapa; visitei o Arco e a escadaria… registrei o momento.

No Museu Nacional, dentre outras atrações, conheci Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas. — Antes de o fogo queimar-lhe.

Voei de volta à minha realidade, nas asas da águia de ouro do Teatro Municipal e me belisquei para ver se era eu mesmo.

Acima das nuvens, nas maiores alturas, já com saudade, via-me feliz de ter-lhe conhecido e, estado contigo em memoráveis momentos.

Hoje cedo acordei ao respirar seu ar saudoso que parecia exalar pela atmosfera…

Foi simplesmente inesquecível, aqueles instantes que fiz parte do seu todo e senti o seu calor.

Se não for querer demais… peço a Deus que nos vejamos novamente!

*Nemilson Vieira de Morais,

Gestor Ambiental/Acadêmico Literário.

(31:01:17)