INDEPENDÊNCIA NO PAPEL
Mulheres ganhando menos e trabalhando mais
Índios que ainda são tratados como se fossem irracionais
E milícias controlando governantes nacionais.
O sete de setembro é, deveras, uma data simbólica,
Mas diante da tal independência há controvérsia.
Recorde de desempregados
E os brasileiros desabrigados
Dependendo de favores
Ainda bem que restaram amores
Que ainda se pode contar.
É válido comemorar a data,
Mas é ingrata
Essa tal de independência
Onde a decência
Só cabe aos ricos,
E aos pobres os “micos”
De pedir esmola
Sem respeito e sem escola
Num país “escravo” da desigualdade.
“Escravos” dos altos impostos e juro
Pequenos negócios se perdem no escuro
E falecem.
Independência!
Onde tu andas?
Vem cá, quero te ver.
Vem me convencer
Que vivo num país livre
De fato e de direito!
Ênio Azevedo