O MAQUINISMO
Antes de tudo saibam que; as árvores e plantas apenas vivem; sem conceitos ou estáticas, fixas na existência.
Por isto, há uma discordância imperceptível no ar.
Tem algo que não bate!
Eis que; surge aquele questionamento silencioso, do intelecto para com o mundo, sobre o tempo.
Dias, noites, horas, minutos,segundos,será que existem mesmo ?
Ou simplesmente é uma quimera.
Uma espécie de realidade inventada dentro da mesma.
Colocamos um cronômetro regressivo na existencialidade das coisas, e sim; nós o materializamos.
Daí veio o abrupto sofrimento sobre perdas destas mesmas horas,minutos,segundos.
E começou então, uma corrida desenfreada sem um podium que nos definida vencedores ao final.
Nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos, este é o único ciclo evidentemente palpável.
Bichos não contam o tempo, apenas existem e só, a sucessão dos dias e noites não lhes foram sugeridas, acordam com suas necessidades fisiológicas, comem,voam, andam,correm ou se rastejam até a exaustão da sua própria energia, depois dormem, quando não há mais o brilho do sol para iluminar o caminho, aproveitam a incapacidade na escuridão para descansar o corpo e só.
O despertar lhes é natural, seguem entre a luz e a escuridão sucessivamente.
Pergunto se a racionalidade descobre coisas ou as criam?
Para o seu benefício ou malefício próprio, mêsmo sem o querer.
Na verdade o tempo sempre existiu, e nos tolos remotamente o dividimos, em múltiplas partes, o numeramos, evl dentro de um mecanismo marcador, visto em todos os lugares, pois se não estão nas paredes, estão nos eletrodomésticos, telefones, enfim...
Não satisfeitos o prendemos ao pulso, como uma algema, um tipo de elo; preso em nós e o outro nos afazeres do mundo .
Estou falando do "Tal Relógio" um tipo de maquinismo escravisador da vida.
( Do meu livro: Textos Avulsos)
( Escritor: George Loez)