Crítica
Creio que existimos para criticar e sermos criticados. Todos, igualmente.
Por definição, a crítica poderia ser caracterizada como uma avaliação.
A observação ou julgamento, positivo ou negativo, de alguma coisa.
A crítica é uma universalidade. O homem necessita dessa generalidade.
Todos nós, concomitantemente, desempenhamos os dois papéis.
A função de crítico e a de criticado. Simultaneamente. Esse é o padrão.
Quando instituímos uma apreciação, estamos admoestando o outro.
De maneira idêntica, também podemos ser o foco da desaprovação.
E, deste modo, o pedantismo do sujeito pode ser avexado ou violado.
Ninguém gosta de ser censurado ou reprovado. O ego é ferido.
Além disso, repreender, excessivamente, pode ser incerteza.
Instabilidade, vulnerabilidade e desconfiança. É uma inquietação.
Do mesmo modo, quando desaprovamos, esquecemos nossos erros.
Nós autorizamos a fuga ou escapamento de uma oportunidade.
Uma ocasião de aprendizagem, compreensão e conhecimento.
Não permitimos uma autoanálise das nossas próprias imperfeições.
Não damos margem para examinar nossas irregularidades internas.
E, posteriormente, anulamos a nossa capacidade de reconfiguração.
Nossa capacitação de purificação, filtração, reciclagem e reinvenção.
A possibilidade de modernização dos nossos ideais e pensamentos.
Entretanto, a crítica é uma indissociabilidade do ser humano.
Julgamos, somos julgados e seremos julgados. Jesus já sabia disso.
Contudo, mesmo sabendo que seria deliberadamente desaprovado;
O Senhor optou por descer a esse mundo perverso e impiedoso.
Até Cristo foi criticado, por que nós não haveríamos de ser?