A vida é pedagógica.

"Hoje vi uma coisa que os sábios dizem não existir: uma "vítima".

Era um homem cheio de ódio pelas injustiças que a vida lhe impunha. Nessa "vitima", não havia espaço para o perdão, e vingança era o seu único remédio.

Também vi parte de mim, refletido naquele homem."

A ciência já provou que algumas emoções causam mal ao corpo. Eles tem até um nome para isso: “somatizar”.

Também já foi provado que algumas emoções produzem hormônios que beneficiam as células.

As emoções que fazem mal ao corpo é uma dica do fabricante que estamos utilizando o produto de maneira errada.

Já as emoções que fazem bem ao corpo é uma dica do fabricante para dizer que estamos na direção certa proposta pelo fabricante.

Raiva, ódio, rancor somatizam doenças. (vide manual de instruções)

Perdão, compaixão, compreensão produzem hormônios que beneficiam as células.

Sabemos disso. No entanto, sentimos um certo prazer em sentir raiva e fantasiar vinganças. Então continuamos a propagar essas emoções e a colher seus frutos amargos. Além disso, é mais fácil ter raiva do que compreender e perdoar. O perdão é para os fortes e corajosos.

Conta-se que um veterinário, amante de animais, foi até um posto abastecer seu veículo na madrugada de uma noite fria.

Enquanto o frentista enchia o tanque, notou o veterinário a presença de um cão que encontrava-se próximo. O cão estava deitado e apresentava uma fisionomia de estar em muito sofrimento. O veterinário, compassivo, perguntou ao frentista: o que há com esse cão?!

– não há nada de errado com ele, disse o frentista.

– Então porque ele está com essa feição de tanto sofrimento, indagou o veterinário.

– Ele esta assim porque está deitado em cima de um prego, disse o frentista.

– Um prego?! Exclamou o veterinário. Se é apenas um prego, por que então ele não sai de cima?

Ao passo que o frentista respondeu: – ele não sai de cima porque não está doendo o bastante.

Vê-se que a vida é pedagógica e o sofrimento se torna, às vezes, o único veículo "despertador". Aquele que "desperta pela dor".

Assim,cada um no seu tempo.

Um dia seremos fortes e poderemos escolher o amor, a gratidão e o perdão.

Que Deus nos conceda discernimento para não deitarmos sobre o prego e acima de tudo compaixão para que possamos ficar disponíveis e alerta aos que não estão prontos para sair de cima do sofrimento.