FRANCAMENTE
“Jura dizer a verdade, somente a verdade, nada mais além da verdade”
Depois que eu ouvi este questionamento, percebi que o homem não conhece o homem,ou finge não conhecer, talvez seja uma questão de imaturidade mental.
A vida não é um tribunal, onde nos tornamos testemunhas sobre juramento, apoiando a mão sobre um livro sagrado.
A honestidade é a hipocrisia não são iguais, mas parecem sósias vistas de longe.
Sejamos francos!
Está frase é uma afronta a qualquer tipo de bom senso.
É mais bonita a sonoridade do que o efeito do ato.
Ser sincero é uma das melhores qualidades do homem, dizem os especialistas.
Mas; até que ponto?
A sinceridade tem companhias, nunca está sozinha no mundo das conclusões.
Ela parece andar só, mas não é bem assim, nunca foi e jamais será!
Pois ela caminha perto do respeito, e anda de mãos dadas com a alheia mágoa.
São invisíveis companheiros no primeiro momento, depois vão se construindo na forma da visão do observador.
Horas forte demais,outras totalmente melindre.
Qual a preparação do ouvinte.
"A verdade tem de ser dita"
Depende muito da circunstância.
Tem de ser muito imaturo, para vivenciar esta argumentação como um pedestal, para colocar a moral em evidência.
A falsa conquista de um podium pelo ego de alguém, que não participou de nenhuma prova para estar alí.
Já vi pessoas que feriram outras com palavras ditas.
A língua é a mais perigosa arma; de ataque ou defesa, uma faca de dois gumes afiada na ponta, uma baioneta mortal na mão de quem sabe manusear.
Já salvou vidas como também ceifou várias, e a própria história retrata isto, como o momento também.
"Diga a verdade!" Este é o pedido de qualquer curioso, que teima descobrir o que não está em evidência.
Mal sabe ele que tem por opção uma faca na garganta, enfim somos reféns da nossas espectativas.
O pensamento alheio é invisível e silencioso, e o nosso também.
Sabia e divina natureza dentro da concepção.
Quando será que iremos evoluir, para entender que tudo depende do momento e lugar, não se cobre do frio no deserto do Saara!
Cada coisa no seu lugar.
Tolos humanos com suas necessidades e certezas deturpadas.
Francamente!
( Do meu livro: Textos Avulsos)
( Autor: George Loez)