Imagine o leitor que em tempos de pandemia um rompimento na linha temporal do universo provocou uma inusitada anomalia permitindo o contato de dois filósofos, um contemporâneo e um clássico, que iniciaram imediatamente um dialogo sobre a formação educacional do homem.
-- Em minha opinião, caro Platão, o homem é produto do meio, pois nasce dentro de um contrato social definido que acaba por moldá-lo. Também pude perceber em minhas investigações que a essência do homem é absolutamente má, pois nascemos do pecado original. Assim, como consequência nefasta dessa tendência maligna, a criança, porque é fraca, acaba perpetuando essa maldade. Contudo, não estamos totalmente perdidos, meu nobre. Se dermos as crianças a força necessária para sobrepujar este mal pela educação, ela se tornará boa. Caso contrário, se o homem não for corretamente educado, sua fraqueza o fará ser moldado pelo meio e será escravo de sua maldade, só lhe restando reproduzir as crenças da massa onde foi inserido.
-- Caro Rousseau. De onde provém todo esse pessimismo capaz de imputar a Mente Divina a criação de bestas domesticáveis ao invés de anjos dememorados? Saiba que o homem nasce carregando em sua Alma a mais sublime essência do Bem, pois é filho deste. Se, quando criança, apresenta tendencias ao egocentrismo, umas mais outras menos, é apenas porque possui os instintos animais consolidados, mas uma ética ainda por "des-cobrir."
Concordo, caro Rousseau, que a criança, seja ela pequena ou disfarçada de adulta, é fraca e cede quase sempre a dois maus conselheiros que habitam todos nós, a dor e o prazer. Além disso, penso que tens razão quando diz que o meio onde vive será de grande influência,razão pela qual necessitam de verdadeiros sacerdotes educadores, únicos que poderão lapidar a mente egocêntrica do homem, eduzindo de sua alma o seu natural senso ético e estético que existiam em potencia, mas precisavam ser lapidados.
Assim, o homem não nasce uma tabua rasa, como diz John Locke. Ela nasce, em essência boa, mas mesquinha em sua periferia, possuindo o bem e o mal dentro dela. A causa do mal reside na superfície da personalidade(que é o egocentrismo), mas a raiz do bem reside no fundo da Alma(que são os arquétipos de bom, belo, justo e verdadeiro).
Desta forma, o homem é influenciado sim, mas não necessariamente produto do meio, pois é capaz de construir a si mesmo no exercício de suas escolhas.
-- Em minha opinião, caro Platão, o homem é produto do meio, pois nasce dentro de um contrato social definido que acaba por moldá-lo. Também pude perceber em minhas investigações que a essência do homem é absolutamente má, pois nascemos do pecado original. Assim, como consequência nefasta dessa tendência maligna, a criança, porque é fraca, acaba perpetuando essa maldade. Contudo, não estamos totalmente perdidos, meu nobre. Se dermos as crianças a força necessária para sobrepujar este mal pela educação, ela se tornará boa. Caso contrário, se o homem não for corretamente educado, sua fraqueza o fará ser moldado pelo meio e será escravo de sua maldade, só lhe restando reproduzir as crenças da massa onde foi inserido.
-- Caro Rousseau. De onde provém todo esse pessimismo capaz de imputar a Mente Divina a criação de bestas domesticáveis ao invés de anjos dememorados? Saiba que o homem nasce carregando em sua Alma a mais sublime essência do Bem, pois é filho deste. Se, quando criança, apresenta tendencias ao egocentrismo, umas mais outras menos, é apenas porque possui os instintos animais consolidados, mas uma ética ainda por "des-cobrir."
Concordo, caro Rousseau, que a criança, seja ela pequena ou disfarçada de adulta, é fraca e cede quase sempre a dois maus conselheiros que habitam todos nós, a dor e o prazer. Além disso, penso que tens razão quando diz que o meio onde vive será de grande influência,razão pela qual necessitam de verdadeiros sacerdotes educadores, únicos que poderão lapidar a mente egocêntrica do homem, eduzindo de sua alma o seu natural senso ético e estético que existiam em potencia, mas precisavam ser lapidados.
Assim, o homem não nasce uma tabua rasa, como diz John Locke. Ela nasce, em essência boa, mas mesquinha em sua periferia, possuindo o bem e o mal dentro dela. A causa do mal reside na superfície da personalidade(que é o egocentrismo), mas a raiz do bem reside no fundo da Alma(que são os arquétipos de bom, belo, justo e verdadeiro).
Desta forma, o homem é influenciado sim, mas não necessariamente produto do meio, pois é capaz de construir a si mesmo no exercício de suas escolhas.