Apólogo
[(Agripa Menenio Lanato, em 494 a.C) Tito Lívio]
"Antigamente, quando a harmonia ainda não reinava, como hoje, no corpo humano, e cada parte do corpo seguia seu próprio instinto e falava sua própria língua, todas as partes do corpo se indignaram ao perceber que tudo o que era obtido com o trabalho delas, no cumprimento de suas funções, ia para o estômago, que, tranquilo em meio a elas, apenas gozava dos prazeres que lhe proporcionavam. Então elas armaram uma conspiração: as mãos se recusaram a levar comida à boca; a boca recusou-se a recebê-la; os dentes, a mastigá-la. Enquanto, em seu ressentimento, as partes pretendiam domar o corpo pela fome, as próprias partes e todo o corpo caíram em estado de exaustão. Assim ficou evidente que o estômago não funcionava, e que a nutrição que ele recebia não era maior do que a que ele dava, fazendo retornar a todas as partes do corpo este sangue que faz nossa vida e nossa força, igualmente distribuído através das nossa veias, depois de ser elaborado a partir da digestão dos alimentos. Ao comparar essa sedição interna do corpo com a cólera da plebe contra os patrícios, ele apaziguou os espíritos."
Hoje neste país chamado Brasil, de sedição intensa, - a direita é o estomago?
Hoje nas nações de penúria intensa, - o USA é o estomago?
Hoje neste planeta em agonia intensa, - o homem é o estomago?
Hoje neste momento de aflição intensa, - a plebe/povo é objeto e os patrícios/direita são sujeitos?
Hoje neste mundo de fundamentação econômica absoluta, - o cifrão é o estomago?