Falta de Amor

Às minhas calorosas e sinceras saudações.

Caro leitor!

Estou a digitar esse texto com muita dor e tristeza.

Hoje deparei-me com um senhor de aproximadamente 80 anos de idade.

Ele perguntou se eu tinha tempo para lhe ouvir eu disse que sim, então, convidou-me a sentar para uma breve conversa.

Conversamos bastante, sobre educação no seio familiar e também trocamos ideias sobre vários assuntos.

O mesmo falou-me sobre Deus e deu a mim sábios conselhos. Mostrou o caminho a seguir pra encontrar a paz através do amor ao próximo e respeito a diferenças.

Estávamos despreocupados com o tempo, pois, a conversa estava mais do que interessante.

Era tanta a compreensão entre nós que o senhor sentiu-se no direito de falar sobre sua vida e do que vive.

Suas palavras dirigidas a mim:

"Eu sou idoso, como vês.

Estou doente e essa doença que tenho se não fosse pela palavra de Deus!! Acredita que você nunca iria me conhecer, porque já estaria morto há anos.

Padeço de trombose desde o final do ano 2014, pela forma que me afectou, é incrível eu ainda conseguir andar e poder sentar e levantar normalmente.

Há membros que não estão a funcionar a 100%, mas, Deus é poderoso e faz maravilhas em mim".

Com um semblante triste e voz trémula concluiu:

"Eu posso te dizer que ganhei desgosto pela obra do homem.

Tenho um filho que não se preocupa comigo, ele ajudou no começo. A última vez que o vi foi em janeiro do ano 2015.

Ele apareceu em minha casa com uma bolsa de remédios que foram recomendados pelo médico.

Nos meses que sucederam no mesmo ano, ele depositava dinheiro para ajudar na cozinha e auxiliar em algumas despesas.

Desde então, cortou tudo e nem sequer entra em contacto comigo há quatro anos.

Outro dia seu irmão, o que vive comigo, precisou ajuda decidiu contactar o mesmo. Ele desligou o telemóvel, antes disse que não tem tempo pra conversar.

Por vezes pergunto aonde falhei e sinceramente não encontro respostas"...

E no final o senhor fez uma oração agradecendo a Deus pela minha disponibilidade.

Agora eu pergunto:

Aonde está o amor ao próximo?

Por que razão um filho abre mão de seu próprio pai?

Triste realidade!