Como tudo Deveria Ser…
04/03/2007 às 09h20min
No estado de nostalgia em que me encontro, fico a refletir sobre como seria o mundo sem a tristeza, sem a solidão, sem o mal-estar que inala o nosso coração naqueles momentos quando estamos sós.
E, em profunda abstração, me coloco a falar comigo mesmo. Uma forma simples de devaneio com um desejo imenso de viver, maravilhosamente, as belezas deste universo.
Que bom seria, se todas as coisas que fossemos conhecer, a cada dia, a cada momento, a cada instante de perplexa insegurança, fosse como se estivéssemos indo pela primeira vez naqueles lugares onde sempre sonhamos estar, como o nosso primeiro beijo, com muita ansiedade, como a primeira vez em que fomos ao cinema, como o primeiro grande amor que jamais esqueceremos. Talvez sendo assim, seria uma dádiva da vida, tentando recompensar toda a nossa desilusão planetária.
A dor que nos mata mais depressa, a que não diz nada, a que não perdoa... é aquela que coroe por dentro dos nossos corações, assim, deixando-nos tão frágeis quanto uma bela rosa no mais árido deserto, mata-a sem dó e sem piedade.
Uma forma de nos refazemos é acreditarmos em milagres, pensar que tudo vai acabar bem, procurando viver e sonhar tão somente o nosso interior onde compreendemos o porquê de nossas próprias atitudes. Não com tanta verossimilhança, mas talvez nossa vida se resuma em: sonhar, sonhar e sonhar.
Compreendo que seja por isso que um dia, calmo e escuro, me veio uma bela frase, ela me fez refletir mais sobre os sonhos e como tudo deveria ser. “O sonho alimenta a alma”, e, que, “sonhar é viver, é amar, é desfrutar do inconsciente, consciente”.
Descobri que as coisas são como almejamos que elas sejam. O nosso esforço em prol dos nossos objetivos é o que dita os rumos das nossas conquistas. Momentos difíceis sempre existirão, a vida é uma equação que oscila, hora no eixo positivo, hora no eixo negativo. A matemática nos mostra melhor esta incompreensão.