DISCURSOS VAZIOS, BARRIGAS VAZIAS
Fala-se muito em ideologia, mas poucas pessoas sabem o que ela realmente significa.
Há quase três séculos, o incipiente sistema de produção industrial retirava matérias primas da natureza para utilizá-las na confecção de bens úteis, agregando-lhes valor, e essa prática era reconhecida como uma atividade em constante ascensão, enquanto filósofos, economistas e cientistas políticos tratavam de imaginar diferentes formas de organização do Estado, dos meios de produção, da sociedade e do comércio.
O Fascismo, o Comunismo e o Socialismo sempre estiveram na boca do povo como alternativas ao capitalismo liberal; hoje, como assinalou Fredric Jameson com muita perspicácia, ninguém mais considera seriamente as possíveis alternativas ao capitalismo, porquanto a imaginação popular sempre é assombrada pelas visões do futuro: colapso da natureza e eliminação de toda a vida sobre a Terra. Parece mais fácil imaginar o fim do mundo que uma mudança no modo de produção nos moldes do capitalismo liberal.
Mesmo na eventualidade de uma catástrofe ecológica global, pode-se afirmar que as ideologias que combatem o capitalismo têm poucas chances de prosperar. A uma, porque o capitalismo premia o mérito, e sempre haverá pessoas dispostas a fazer sacrifícios por uma bela recompensa, a duas, porque a relação entre o visível e o invisivel, o imaginável e o inimaginável das doutrinas concorrentes fica sempre no campo da especulação e do discurso metonímico, e “barrigas vazias” e “corpos doentes” não levam a sério discursos sobre questões ideológicas. Mudanças significativas nas relações entre o trabalho e o capital não sobreviveriam caso excluíssemos o lucro e a meritocracia, pois a esmagadora maioria das pessoas não está disposta a se sacrificar por nada!
Imagem: Google
Fala-se muito em ideologia, mas poucas pessoas sabem o que ela realmente significa.
Há quase três séculos, o incipiente sistema de produção industrial retirava matérias primas da natureza para utilizá-las na confecção de bens úteis, agregando-lhes valor, e essa prática era reconhecida como uma atividade em constante ascensão, enquanto filósofos, economistas e cientistas políticos tratavam de imaginar diferentes formas de organização do Estado, dos meios de produção, da sociedade e do comércio.
O Fascismo, o Comunismo e o Socialismo sempre estiveram na boca do povo como alternativas ao capitalismo liberal; hoje, como assinalou Fredric Jameson com muita perspicácia, ninguém mais considera seriamente as possíveis alternativas ao capitalismo, porquanto a imaginação popular sempre é assombrada pelas visões do futuro: colapso da natureza e eliminação de toda a vida sobre a Terra. Parece mais fácil imaginar o fim do mundo que uma mudança no modo de produção nos moldes do capitalismo liberal.
Mesmo na eventualidade de uma catástrofe ecológica global, pode-se afirmar que as ideologias que combatem o capitalismo têm poucas chances de prosperar. A uma, porque o capitalismo premia o mérito, e sempre haverá pessoas dispostas a fazer sacrifícios por uma bela recompensa, a duas, porque a relação entre o visível e o invisivel, o imaginável e o inimaginável das doutrinas concorrentes fica sempre no campo da especulação e do discurso metonímico, e “barrigas vazias” e “corpos doentes” não levam a sério discursos sobre questões ideológicas. Mudanças significativas nas relações entre o trabalho e o capital não sobreviveriam caso excluíssemos o lucro e a meritocracia, pois a esmagadora maioria das pessoas não está disposta a se sacrificar por nada!
Imagem: Google