De mim; para a sociedade.
Há mulheres que encerram em si a incumbência de serem, unicamente, as guardiãs do lar e, juntamente, tudo o que ele contém e significa.
Ainda que compreensível e louvável, há o risco de, no futuro, por exemplo, não desejarem que seus filhos cresçam, pois perderiam assim, uma das atribuições que escolheram possuir.
E há o risco, em consequência, de que algum(s) de seus filhos também não queira crescer.
Não sou contra dinâmica alguma que não me diga respeito, ao menos diretamente.
Pessoalmente, nunca fiz tal escolha, e igualmente respeitosa, acredito, teria que ser a sociedade em relação a mim, não tentando me impor algo que não tem nada a ver com minha essência.
Cada um no seu quadradinho, e tudo vai bem.
Já "apanhei" muito por causa dessa minha "rebeldia" e já "bati" muito em defesa dela, também.
Hoje, não me importo o suficiente com a opinião alheia para sustentar, manter ou defender qualquer argumentação a respeito.
Encerro em mim mesma, apenas o direito e a curtição de ser quem sou, de uma questão que me parece, já nasceu pronta dentro de mim.
Porém, acho relevante lembrar que as pessoas são diferentes entre si, e nós, mulheres, não necessariamente queremos ser tratadas como se servíssimos a propósitos específicos, estabelecidos por outros, mas propósitos que foram, em oposição, delicadamente forjados por nossa própria personalidade, essência, individualidade, e experiências particulares de vida.