DRAMAS
TORMENTAS
Ao sabor incerto das vagas meu viver
Perde-se no mar revolto das tempestades.
Sem direções, a esmo, e, sem saber,
Divago pela vida sem autenticidades!
Na areia erigida, minha morada sucumbe
Ao primeiro sinal de tormenta...
Como areia movediça se afunda,
E, sem sólidas bases despenca!
Navego sem bússola nem Norte...
Só conto com a sorte!
Meu vizinho é a morte!
A vida é desprezada...
Da esperança não tenho aporte...
Existência estigmatizada!
Desolação me invade a alma.
Da Terra não vejo o céu...
Tentações tiram-me a calma...
Nessa porfia não conquisto o troféu!
Jose Alfredo