TOLERÂNCIA NÃO É CONCORDÂNCIA
Vivemos numa época atribulada, de muitas transformações e revoluções. O senso comum está sendo distorcido de forma sutil e progressiva, mas as pessoas não se dão conta disso. A nossa noção de tolerância está finalizando a sua metamorfose.
Segundo a nossa antiga definição de tolerância, um homem tinha que discordar de alguma coisa para que pudesse tolerá-la, segundo o novo significado imposto pela esquerda, herdeira do legado de Herbert Marcuse, o guru da contracultura dos anos 60, não pode haver discordância; em vez disso, a pessoa é forçada a aceitar todos os valores e pontos de vista dos outros como sendo todos eles igualmente legítimos e verdadeiros. Isso significa que não devemos mais tolerar a antiga noção de tolerância!
Esse conceito é autocontraditório, porquanto não corresponde à realidade, ou seja, só existe a tolerância se e somente se houver uma discordância inicial, pois nós só toleramos as coisas das quais discordamos. Onde não há discordância, existe uma unanimidade, muito próxima da condescendência, logo não há que se falar em tolerância.
O novo conceito de tolerância, que nos é imposto, nada mais é que uma “camisa de força” intelectual, também conhecida como "politicamente correto", que estabelece uma rígida restrição do pensamento e do discurso. Essa falácia é uma tentativa de erradicar a liberdade de pensamento e a liberdade de expressão! Pense nisso!