Doutrina

Há poucos dias, eu fui indagado por um questionamento muito vasto e

presente quando o mundo adquire consciência de uma das vertentes

da minha personalidade. A reação que as pessoas apresentam é de

espantamento e inconformidade. Devido à frequência desta série de

interrogatórios, eu já criei uma espécie de automação que facilita as

minhas respostas afirmativas, mas como eu sou uma pessoa profunda

e expressiva no que tange ao fornecimento de declarações, compartilho

agora convosco, mais uma explicitação concernente a esta constância

na minha vida.

Eu considero-me como um paradoxo. Anteriormente, eu disse que era

um indivíduo dotado de abundância e intensidade no que diz respeito

ao meu discurso quando a coletividade exprime curiosidade sobre o

meu estilo de vida. No entanto, como eu prezo pela preservação e pela

conversação da minha integridade mental e psíquica, eu não invisto o

meu preciosíssimo cronômetro construindo uma falácia eloquente e

persuasiva com esta geração de alienados escravizados pela

tecnologia, pela modernidade e pela cultivação da sonoridade musical

fundamentada no estímulo da prostituição, do crime e das práticas

imorais. Sendo assim, as pesquisas estão atualizadas e não deixam-me

mentir quando o anunciamento é de que o Brasil trata-se de um dos

países mais ignorantes e obsoletos do mundo.

Porém, estou aqui, através deste texto para realizar o pronunciamento

da filosofia que eu adotei e que julgo ser pertinente para a minha

ideologia e para os meus princípios. Eu alimento a apreciação pela

minha companhia, pela minha essência e pela minha paz interior.

Eu percebo que hoje a humanidade localiza-se em uma estrada

com o objetivo de encontrar superficialidades para preencher o vazio

existencial que, imponentemente, tem prevalecido na vida das pessoas.

As alternativas representam uma diversidade absoluta e o âmago é

determinado pela sucessão ininterrupta de atividades momentâneas

na intencionalidade de conferir um sentido, uma razão a suas vidas

medíocres e fúteis. Em concordância com a sentença antecessora,

as exemplificações destes ''fazeres'' promovem uma sensação de

satisfação e de realização transitórias, entretanto, depois o indivíduo

paga o preço, entra em um estado melancólico e depressivo, e

isso é retratado por um círculo vicioso no qual o elemento acredita

estar aprisionado por esta redundância de tarefas.

Por conseguinte, eu digo e defendo que se você está percorrendo um

caminho para alcançar a felicidade em futilidades e inutilidades e que

não são traduzidas por nenhuma contribuição ou agregação para o

nosso próprio refinamento, é hora de instituir uma reflexão, uma

avaliação intrínseca para certificar-se de que o rumo selecionado é o

correto, e lembrem-se sempre: não espere ninguém para conquistar a

felicidade, pois ela é uma singularidade, se você não é feliz, também

não será capaz de fazer o teu semelhante como todos desejam ser e

estar.

Lucas Nicácio Gomes
Enviado por Lucas Nicácio Gomes em 23/12/2018
Reeditado em 03/01/2019
Código do texto: T6533962
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