Doutrina
Há poucos dias, eu fui indagado por um questionamento muito vasto e
presente quando o mundo adquire consciência de uma das vertentes
da minha personalidade. A reação que as pessoas apresentam é de
espantamento e inconformidade. Devido à frequência desta série de
interrogatórios, eu já criei uma espécie de automação que facilita as
minhas respostas afirmativas, mas como eu sou uma pessoa profunda
e expressiva no que tange ao fornecimento de declarações, compartilho
agora convosco, mais uma explicitação concernente a esta constância
na minha vida.
Eu considero-me como um paradoxo. Anteriormente, eu disse que era
um indivíduo dotado de abundância e intensidade no que diz respeito
ao meu discurso quando a coletividade exprime curiosidade sobre o
meu estilo de vida. No entanto, como eu prezo pela preservação e pela
conversação da minha integridade mental e psíquica, eu não invisto o
meu preciosíssimo cronômetro construindo uma falácia eloquente e
persuasiva com esta geração de alienados escravizados pela
tecnologia, pela modernidade e pela cultivação da sonoridade musical
fundamentada no estímulo da prostituição, do crime e das práticas
imorais. Sendo assim, as pesquisas estão atualizadas e não deixam-me
mentir quando o anunciamento é de que o Brasil trata-se de um dos
países mais ignorantes e obsoletos do mundo.
Porém, estou aqui, através deste texto para realizar o pronunciamento
da filosofia que eu adotei e que julgo ser pertinente para a minha
ideologia e para os meus princípios. Eu alimento a apreciação pela
minha companhia, pela minha essência e pela minha paz interior.
Eu percebo que hoje a humanidade localiza-se em uma estrada
com o objetivo de encontrar superficialidades para preencher o vazio
existencial que, imponentemente, tem prevalecido na vida das pessoas.
As alternativas representam uma diversidade absoluta e o âmago é
determinado pela sucessão ininterrupta de atividades momentâneas
na intencionalidade de conferir um sentido, uma razão a suas vidas
medíocres e fúteis. Em concordância com a sentença antecessora,
as exemplificações destes ''fazeres'' promovem uma sensação de
satisfação e de realização transitórias, entretanto, depois o indivíduo
paga o preço, entra em um estado melancólico e depressivo, e
isso é retratado por um círculo vicioso no qual o elemento acredita
estar aprisionado por esta redundância de tarefas.
Por conseguinte, eu digo e defendo que se você está percorrendo um
caminho para alcançar a felicidade em futilidades e inutilidades e que
não são traduzidas por nenhuma contribuição ou agregação para o
nosso próprio refinamento, é hora de instituir uma reflexão, uma
avaliação intrínseca para certificar-se de que o rumo selecionado é o
correto, e lembrem-se sempre: não espere ninguém para conquistar a
felicidade, pois ela é uma singularidade, se você não é feliz, também
não será capaz de fazer o teu semelhante como todos desejam ser e
estar.