CADERNO SEM PAUTAS
É certo que escrevemos histórias, e vem o tempo às repartindo como se fossem parágrafos; nos dando outras formas dentro do mesmo contexto.
Há um analfabetismo na concordância da existência.
Usamos a caneta das pretensões com a tinta de nossos discernimentos.
E tentarmos acertar com uma dificuldade no expressar.
A verdade é absoluta apenas no instante momento em que acreditamos nela!
E depois?
Outros parágrafos, outras verdades!
Saibam que por mais que ditem qualquer texto,somos nós que exprememos a caneta entre os dedos, numa certa firmeza, com medo de errar.
A borracha é o próprio arrependimento querendo apagar os erros.
Mas ficam as marcas!
Queria ser ambidestro, por conta de quando cansar uma das mãos, poder continuar a escrever com a outra.
Será que escrevemos torto por linhas certas, muitas vezes invisíveis para nossa parca visão...
Não existem histórias mal contadas; existem sim uma má interpretação, é que os outros colocam os defeitos; e que vão surgindo como sujeira no para-brisa do carro enquanto dirige, é assim que acontece geralmente nos olhos de quem lê, tudo por conta de uma vaidade em achar que se está certo sempre.
Pontuações!
Interrogações para aprender!
Exclamações para mostrar certezas!
E algumas vírgulas derrepente mudam tudo, dão outro sentido, na realidade são rápidas pausas para tomarmos um fôlego no entendimento.
No fundo não há uma gramática exata para ser usada, aliás do passado pouco importa, é não se usam mais os ifens.
Morreram algumas pontuações!
O que somos então?
Talvez uma história contada com nossa própria caligrafia, um certo garrancho que só nós entendemos!
É, a vida é assim:
Um verdadeiro caderno sem pautas, onde não há uma linha se quer que nós direcione.
( Só meu livro: O Escultor de Frases)
( Conclusão)
( Autor: George Loez)