COMUNIDADE SUSTENTÁVEL
Podemos abrir a conversa dizendo que as sociedades atuais estão doentes. Não produzem qualidade de vida para todos os seres vivos de maneira digna e ficam sempre acamadas em problemas que elas próprias arrumam.
Isso é fruto do sistema trabalhista direcionado para a superioridade e opressão da índole e da coragem de quem trabalha.
As sociedades que ainda vivem de forma igualitárias, tais como as do sudeste da Ásia, da Oceania e do Ártico, e de algumas regiões da América do Sul, são reféns do desenvolvimento que não as atende, portanto, ficam isoladas do resto do mundo e são consideradas exóticas.
Os humanos foram capazes de mostrar que tem a faculdade de oprimir, massacrar e destruir os da própria espécie, sem dó e nem piedade e dentro de um projeto pensado.
Mais de 21 milhões de seres humanos morreram massacrados por guerras e violências provocadas pelo princípio social vigente, sem contar os que morreram devido à destruição da natureza, da fome, da miséria, de doenças e violências.
A sociedade sustentável de que se fala e da forma que se vê é uma falácia. Pelo que eu entendo de sociedade sustentável é uma coletividade ou povo que produz o suficiente para si e para os outros seres que fazem parte do mesmo sistema eco-vital. Os índios viviam dentro de uma comunidade sustentável. Os negros quilombolas tentam viver numa comunidade sustentável.
Na realidade, para haver uma comunidade sustentável hoje é preciso que novos hábitos e novo comportamento possam surgir no meio. Hábitos que lançam um desenvolvimento cultivador de atenção para com o equilíbrio ecológico e funcione dentro do que é atribuído pela natureza. Isso não é voltar no tempo, mas entrar num novo processo diante do que há de vir e que seja comum a todos.
Esse desenvolvimento não é feito pelo mercado de ingestão, mas é arquitetado dentro de uma realidade que dirigi o constante melhoramento do bem-estar de toda a população e de cada pessoa individualizada, com apoio na participação ativa de cada um. Um desenvolvimento que procura aprimorar a qualidade de vida de todos e em todos os lugares. Isso implica em valores que são comuns como a vida longa e saudável, educação de qualidade, política séria, democracia abnegativa e participativa e não representativa. Saúde, educação e segurança para todos e com qualidade.
Ter sempre um cultivo da paciência histórica, aptidão ao diálogo e definição de conexão criativa e adequada.
É isso aí!
Acácio Nunes