Quando a Poesia Habitava em Mim > Eu, o Rouxinol e a Velha Laranjeira
(...) Foi quando morei na casa do pé de laranjeira,
Em seus galhos, um rouxinol cantava tímido e melancólico
À noite, a lua entrava lenta e cuidadosamente, através das janelas de ferro
E, como se compadecesse de mim, acariciava minha face com o seu brilho prateado,
Compartilhando um pouco da luz do sol, que dele recebera...
Ouvia - se musica no ar da noite. E eu agarrava - me as suas notas,
E com um pouco te tinta num papel, às materializava em poesia,
Era uma sinfonia que, supostamente, só a laranjeira e eu podíamos ouvir... Ela dançava, e eu voava.
Naquele momento, já não era mais o rouxinol que cantava, mas acredito que, repousado a cochilar, nos galhos daquela velha laranjeira, ele também podia ouvir aquela música no ar.