Releituras
Uma releitura implica antes de tudo, absorver a atmosfera daquele momento do escrito (ou do dito!), analisando formas inovadoras de lidar com o mesmo tema, porém em outros sentidos. Nada de novo ou original até aqui, pois desde que o mundo é mundo, o homem, mesmo sendo um primata aprendeu a reavaliar situações e desenvolveu assim sua capacidade cognitiva e interação com o meio que o cerca.
Fazer uma releitura do momento, do evento e da cada fase da vida, não só pessoal, social e coletiva, requer uma boa dose de vontade de olhar em si, para si e em torno de si, nada que possa ser refeito, é claro, as águas de um rio não retornam, há sempre um continuamento. O que se faz em releituras diversas, é adentrar o estado das coisas inerentes ao ser, que propiciam(ram) aquela vontade de querer, pois nada do que fazemos é sem querer; um ponto numa linha, foi minha vontade para o diálogo findar, e uma virgula quis que eu inferisse no tempo, uma pausa para depois continuar...então este querer que nos motivou seja a atuar com cidadãos ou como ente familiar, e traz esta ambição da releitura, faz-se como um ampla varredura em nosso ego, destrinchando amálgamas que evidenciam alguns estereótipos e nos forçam, de uma maneira, salutar emocionalmente, a buscar outras rotas e visões de um mesmo fato.
Releituras nos propiciam mexer em algo parado e estático, mas que nem por isso, estavam inócuos na atuação do viver.
Releituras levam a um desenvolvimento, alguns chamam este processo de reflexão, outros de análise, mas o movimento, com toques subliminares, garante mais efetividade nas perspectivas criadas ao longo do caminho.