DEZ ANOS
Há dez anos publiquei no Recanto das Letras o primeiro conto de minha lavra.
Por todo esse tempo fiz belas amizades, recebi dos colegas recantistas e de outras pessoas generosos elogios que serviram de incentivo a continuar publicando.
O conto é o gênero literário que mais me atrai por ser independente e atemporal.
Mesmo que faça parte de um livro, o conto é livre de amarras, pode ser lido sem obediência à sequência, porque cada um deles é a síntese de uma história que por si, se completa e, não se submete a Chronus, porque o conto se faz com historinhas que não envelhecem.
Levado pela fascinação de escrever enveredei por outros estilos, sofri do “mal da folha em branco” que acomete todos aqueles que não têm a escrita como profissão, que não recebem encomenda para produzir textos.
Antes escrevia a lápis de grafite em cadernos de capa dura, depois (como agora) passei a digitar diretamente no notebook.
Perde-se o romantismo de ver o texto nascendo, mas é bem mais prático e não ocupa espaço.
Em atenção aos honrosos convites recebidos participei de cinco das antologias publicadas pelo Grupo Gandavos, embora continue pensando que não vale a pena derrubar árvores para publicar meus escritos em papel e que o site Recanto das Letras é a plataforma ideal para ser lido.
Tanto isso é verdade que a marca de 78.200 visualizações (até esta data) é algo que um livro meu jamais atingiria.
Sou grato pelas visitas, pelos belos e inspiradores textos que os colegas publicam, pelos comentários com palavras de incentivo e pelos amigos virtuais e presenciais que consegui entre essas pessoas dedicadas que insistem na valorização da nossa bela língua portuguesa transformando sonhos em obras de arte.