INFERNO DOS INJUSTOS.

“Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.” (Marcos 2.17)

Jesus não desiste de ninguém, com toda sua fortaleza conheceu também a fraqueza humana, clamou por seu Pai na agonia do Getsemâni, ”Pai, porque me abandonastes?”.

Os que se movimentam com desenvoltura na vida, nos passos da retidão, superando todos os obstáculos, com seus esforços pessoais e coragem, vencendo, se submetem com respeito aos ensinamentos do Mestre dos mestres, Jesus. Mas já de seu Pai obtiveram o dom da compreensão aliado aos dons concedidos. Somente propagam Sua palavra àqueles que dela mais necessitam, os doentes da alma principalmente. São os complexados, frustrados, que miram na vida e no que têm os outros, que pregam a desordem pela destruição dos maiores valores humanos, para que obtendo a convulsão social se apoderem da dominação da vontade livre. E subjuguem pela ausência de razão a razão maior humana, a liberdade psicológico-normativa que se insere na escolha.

Jesus conheceu esses como os problemáticos, os fracos de caráter e de personalidade, deles Se avizinhou e alguns se tornaram por chamamento seguidores históricos como Pedro que O negou, Tomé que de Sua ressurreição duvidou. O que se escondia nessa atitude, inveja, ciúme, frustração por não ser como Ele, um líder seguido e ouvido?

Muitos Pedros e Tomés, que não se arrependeram nunca como fizeram esses personagens bíblicos, vagam pelo mundo querendo colocar em prova quem está em nível de compreensão maior. Conseguem muitas vezes e aumentam o rebanho do mal. São os problemáticos.

A ausência de arrependimento nessa caminhada leva ao desespero abissal da perda da paz que já não existia.

Essa cena está bem visível e eloquente, também, nos dias atuais, em um novo Brasil onde se conseguiu e ainda a duras penas fazer justiça para os desavindos e problemáticos, para quem assiste em nosso país o encarceramento dos que estiveram gerindo os destinos da nação. Os principais.

Hoje se inscrevem na história de nosso fraudado país essas personalidades que despencaram das alturas de mando e monopólio para a persecução penal. Alguns apenados e alijados, espera-se que assim se reforce, outros no caminho da retribuição penal.

É deles que Jesus tratou e mais se preocupou como aponta Mateus, Jesus não veio para os justos que com essa inclinação se originaram do Pai, veio para a patologia tão visível em cada espaço de nossa sociedade doente. Mas é preciso arrependimento.

Mas Jesus está inclinado a perdoar a todos quando há arrependimento. Não é covarde quem reconhece seus erros como fez um dos mais influentes nomes presos, está voltado para seu interior que necessita aplacar os sofrimentos vividos pelos crimes cometidos, a própria lei trata com benevolência o arrependimento eficaz, covardes são os que tripudiam sobre quem se arrependeu, são os anjos caídos que já vivem no inferno e dele não sairão, nunca foram justos ou estiveram ao lado da justiça, queriam como querem o mal da sociedade, não vingarão.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/06/2018
Reeditado em 16/06/2018
Código do texto: T6365908
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