O grito!

O meu grito ainda é tímido

A minha voz ainda é trêmula

Mas luto constantemente

A todos mostro a minha bandeira...

Sou guerreira

Sou da luta

E de luto estou...

Estão matando,

Diariamente,

Aqueles a quem a vida educou...

Sozinha nada posso,

Sozinha não estou,

Quem acredita na mudança,

No poder que nasce com as crianças

Há de se unir a minha luta...

Que busca apenas o necessário

O reconhecimento de todos sem distinção...

Rumo a uma sociedade menos injusta

E com maior nível de satisfação.

O Estado não nos viu,

A burguesia também não nos notou...

Aos poucos adentramos

Mesmo humilhados

Nos destacamos

E nos fizemos ouvir...

O grito já não é apenas de um ser

Mas de um coletivo que visa mais,

Mais direito de viver...

Mulher, criança e camponeses

Não são melhores que ninguém,

Nem buscam ser superiores,

Querem apenas ter direito aos mesmos direitos que os Senhores!

30.03.2018