Amor em Divagações
Amar é uma tarefa prazerosa. Porém, algumas circunstâncias indescritíveis impedem a sua exteriorização plena.As teorias sobre o amor já encheram inúmeras estantes de bibliotecas e no entanto, o assunto continua inesgotável.
Amar exige uma certa dose de flexibilidade sem se quebrar. A vida é uma mistura complexa de elementos, onde o tempero é o amor. Sem este tempero, a vida se torna insossa. Entretanto, a todo momento perde-se a oportunidade de extravasar as primícias da essencialidade do ser. São nesses momentos que interesses individuais tomam a frente. O orgulho, o egoísmo são fatores que vetam a fluidez de um sentimento puro. Os sentidos imperfeitos que condicionam a mente a objetos sensoriais e tangíveis aprisionam a verdadeira essência do amor.
O conceito em voga nos dias atuais está distorcido em virtude da banalização de atitudes impudicas.Vários fatores contribuem para essa distorção, entre eles a mente condicionada humana, que extremamente desprovida de princípios norteadores, busca a vida na satisfação de prazeres lubricos e sensitivos.
Quando o ser humano desperta para o amor, se é dotado de bom senso e sabedoria, reconhece o desperdício de energia nessas superfluidades mundanas. Porém, é possível que se viva até a morte sem encontrar a luz no fim do túnel. E mesmo quando isso acontece, o amor, que é a maior dádiva da vida, encaminha os passos dementes do ignoto ser para o local destinado aos que nasceram, sem contudo viver.