SOFISMO

"Diante da constatação não cabe argumentos".

Parece correta esta definição se a olharmos apenas pelo lado literário. Mas se a visualizarmos pela teoria dialética, poderemos perceber outro sentido para essa expressão. Pois, se pressupormos que o 'certo' depende de vários fatores internos e externos (lado emocional, tempo e lugar), qualquer constatação, seja ela no âmbito racional ou sentimental, caberá sim uma argumentação, porque a constatação pode ser falsa.

Parece ilógico contestar uma constatação. Mas me coloco como um 'sofista', voltando à dialética, tentando defender uma tese aparentemente mentirosa. A minha função é tentar convencer o maior número de pessoas do contrário. Se eu consegui o feito, esta tese aparentemente falsa se torna uma constatação, talvez por um dia, uma vida ou uma eternidade.

Ser um sofista, partindo desse princípio, se torna automaticamente um maledicente. Mas discordo, vejo como um dom, uma capacidade única de transformar o incerto em algo concreto e verdadeiro, como os 'deuses' de cada civilização. Não existem deuses verdadeiros ou deuses falsos, existe um deus necessário para cada período da evolução humana. Considero como um ato sofista estas designações divinas. Não é de todo maledicente, pelo contrário, é algo necessário.

Então, o que desejo é que todos deixam transbordar o sofismo nosso de cada dia. Para que, fazendo isso, mesmo ilusório, ter a alegria e a paz que cada um tende a merecer.

All Xavier
Enviado por All Xavier em 17/11/2017
Reeditado em 26/12/2017
Código do texto: T6174476
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