Descobri que eu era poeta!
Eu sei de um saber que é oculto aos leigos: É saber. Saber não é ler ou estudar ou aprender; saber é apenas dizer que se sabe e nunca mostrar, pois aquele que mostra está mostrando que sabe o que o outro sabe; mas ninguém sabe o que o outro sabe, por isso não se precisa dizer, porque o outro nunca saberá! Quem institucionalizou a sabedoria falsa, saber por saber o saber do outro por saber foi aquele a quem vocês chamam Sócrates. No entanto eu sei com um objetivo único que se traduz na palavra saber. Disso resulta que eu tenho a prova maior de todo o conhecimento! Existe, porém, milhões de pessoas que diriam que eunão sei de nada, mas eu digo que sei e só. Se me derem uma prova para saber fazer, eu perguntaria: Mas você não já sabe a resposta? Mas insistiriam: Quero saber se você sabe! E eu digo o mesmo: Quero saber se você sabe sem mostrar! E a pessoa mostra! Mas eu falei sem mostrar! Impossível, diz ela. Então eu digo que você não sabe! E aí a pessoa pergunta: O que você sabe mostrar que sabe? E eu diria: Eu sei mostrar que sei dizer que sei o que sei! Isto significa que há um diálogo entre o que sabe e o que não sabe! O que sabe é humilde em apenas dizê-lo, mas o que duvida diz a negação da sabedoria. Ocorre esse conflito até um dizer que não sabe e pronto e o otro diz: Alguma coisa você sabe! E continuam até um dizer que sabe fazer poemas e o outro diz que sabe disso! Então é filósofo de poemas! E o outro diz que sabe ler esses poemas! Logo um é a intuição e o outro a razão! A razão duvida do poder da intuição, mas a intuição ensina à razão a função artística: A leitura! Logo ler é a arte do intelecto! E o poema é a arte da intuição! Porém um diz que sabe fazer poemas usando a razão, mas a razão diz que sabe porque leu e aprendeu a usar as suas faculdades e fundem-se num só: A poesia, que desfaz a mente! Agora tenho poesia em minha existência: Sou poeta!
Assim eu atinjo o conhecimento de ser um bom e mero poeta!