É assim que deixamos de existir...
Deixamos de existir quando deixamos de cantar canções mais absurdas no meio da rua, andamos aos tropeções entre sorrisos e loucuras, deixamos de dançar compassos a um soneto diferente das canções do mundo. Não contamos as estrelas e nenhuma brilha tanto como as pessoas de voz suave que grudam na mente, deixamos de pintar a aurora na escuridão para acolher com luz nossos sonhos. Deixamos de fixar nos olhos as alvoradas por não perceber que o sol e o mar imenso tocam a terra balançando a alma, dizendo que o existir depende de estar acordado, deixamos de encher-se de vida com sorrisos matinais e assim não tocamos a alvorada com beijos e olhares, com um amanhecer invernal cheio de calor em uma xícara de café quente, adoçado com a vida que sonhamos, saciados pelo coração. É assim que deixamos de existir...