HUMANICIDA
Sò um cigarro, só um trago, só uma vez, e então quando vê, já está tomado pelo consumo dos males, envolvido pelas propostas do produto, consumindo-o, devorando-o... Viciado! A maioria tem sua “primeira vez”, e jura que vai saber se controlar, que faz pelo social do ato. Assim é com o cigarro, com a bebida e até mesmo a droga, de forma crescente, um, pausa, depois outro, geralmente nunca adquirido com o próprio dinheiro, sempre ganho. Até que aqueles que lhe deram os primeiros, lhe pede um... Então você compra, na verdade gosta de todos os tipos, quando vai comprar, lhe paira a grande dúvida perante a variedade do mercado. E dali, você se torna um consumidor assíduo, economizando, juntando, e muitas vezes até furtando para obter o valor certo da sua compra, e não passar sem o vício.
Assim acontece com todas as vertentes desse tema: cigarro, bebida e até mesmo drogas.
Existe, assim como quase em tudo, o ponto bom, as coisas boas, os bons vícios, ou aqueles que não trazem tanto mal. Também presente neste leque de opções, convivem os vícios que fingem inocência, como a gula por determinado produto, por determinada ocasião, causa, ou acontecimento, é como prega o ditado: ‘tudo que é demais prejudica’... Até mesmo as coisas boas.
Os vícios se dão totalmente pela questão psicológica. Uma substância, cujo ao corpo agrada, de alguma forma “beneficia”, é mandado então uma mensagem para o cérebro relatando o acontecido, e imediatamente este percebe que precisa de mais, cada vez mais! A verdade do mundo, é que todos nós possuímos muitos defeitos, qualidades, e manias, algumas ocultas, outras já como falado anteriormente saudáveis, estas então podem ser explícitas. E muitas destas manias, e devassidões se dão sem dúvida para o bem-estar, e também para a inclusão social, ser bem aceito num grupo, vejamos: numa roda de amigos onde todos fumam, alguém que não fuma pode até fazer parte do ciclo, mas não será tão próximo dos outros e bem aceito quanto aqueles que se utilizam do cigarro, a quem diga que não é bem assim, que a amizade está acima disso tudo, mas é involuntário, o inconsciente que faz com que os usuários se comuniquem mais, pois tem algo a mais falar do que quem está fora do assunto, tem mais a contar, tem a pedir e emprestar. E vice-versa, em grupo de não fumantes, quem fuma, tem de se afastar na hora das pitadas e ganha menos atenção e respeito. Por isso, fazer de conta que está habituado a fumar (sendo que nunca colocou um cigarro na boca) ou ingerir outro tipo de droga ou álcool é a solução para quem tem poucos amigos e está em busca de mais. Este é apenas um dos motivos, a inclusão no ciclo. A emoção, efeitos psicológicos, ou a falta deles, atribuem ao indivíduo a necessidade de relaxar, de, mesmo que temporariamente, esquecer os problemas e fatos reais que o atormentam. Criar ilusões artificiais é o caminho, porque é assim que a droga funciona: como alucinógeno. O termo droga em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de substâncias, que pode ir desde o carvão à aspirina. Contudo , há um uso corrente mais restritivo do termo, remetendo a qualquer produto alucinógeno (ácido lisérgico, heroína etc.) que leve à dependência química e, por extensão, a qualquer substância ou produto tóxico (tal como o fumo, álcool etc.) de uso excessivo, sendo um sinônimo assim para entorpecentes. Nesses termos tóxicoa temos o aparentemente inocente cigarro, a droga mais social até hoje existente, a droga explícita. Você pode fumar na rua, em alguns lugares privados também, é tão aceitável que tem até mesmo o direito de placas onde se pode ou não fumar. Há décadas atrás, apelava-se para p cigarro para ser chique! A ação de pô-lo dentre os lábios, tragar e de forma única exalar a fumaça, passava elegãncia, poder, inteligência... Mais uma vez pelo social do ato, era a droga dos ricos. Já o álcool era a droga dos pobres. A mídia, a teledramaturgia mostra muito bem isso, e quanto a questão do “chique”, tente recordar de algumas propagandas de cigarro, em todas quem fuma é soberano, porta algo de positivo a mais. E enquanto que as drogas afetam mais de forma psicológica as pessoas que convivem com outras pessoas que usam, o cigarro afeta de forma física, devido ser aceito no meio, a fumaça inalada por outros acaba também prejudicando, mesmo sem fumar. E o popular e polêmico baseado, o cigarro de maconha, que dizem, não fazer mal, pois é até mesmo usada, a planta em si, de forma medicinal, auxiliando no tratamento de inúmeras doenças. Mas logicamente, não são só flores, os resultados pelo uso são estes: é afetada a memória de curto prazo, isto é, a memória de pequena duração da qual precisamos num determinado instante e da qual nos desfazemos em seguida. Este distúrbio acaba quando o efeito da droga passa. Entretanto, efeitos de longo prazo (fumando-se mais de 35 cigarros de maconha por semana ou mais de 15 por dia) podem ser a perda da memória Instantânea (É a memória que o cérebro utiliza para curto prazo, como lembrar de um numero de telefone ou algo do tipo). Existem vários mitos pregados pela sociedade a respeito dessa perda, a verdade é que esta perda da memória instantânea não atrapalha em situações como o aprendizado, já que para o aprendizado o cérebro utiliza outro tipo de memória, a memória Permanente, a mesma onde fica armazenado informações como nomes. E ainda existem alegações de que a maconha poderia desregular o funcionamento hormonal nas mulheres, assim como alterar seu ciclo menstrual ou causar infertilidade, mas são improváveis e infundadas.
E onde tudo acaba? Onde se chega com isso, qual a conseqüencia do extremo excesso?
Se chega a um inesquecível prazer, a conseqüência são os inúmeros danos não somente físicos, mas psiquicos, e o limite é sem dúvida a morte, por meio de uma doença, ou problema adquirida, quando se não uma overdose, que trata-se da intoxicação demasiada, causando assim falência múltipla de orgãos, morte quase que instântanea.
Pode ser demagogia, mas se droga fosse algo bom, haveriam grandes empresas fabricando, com outdoors nas rodovias e lindas propagandas na TV, não que tudo que seja bom, propague sua imagem desta maneira, mas com produtois geralmente assim funciona, e como dizia a apresentadora Eliana, numa famosa campanha anti-drogas: “se droga é bom, por que você não pode contar pra sua mãe, pro seu pai, nem pra ninguém?” Se é boa, por que fazem campanhas contra? Por que não se vende nas farmácias e supermercados? Não se deixe levar pela mente dos outros, e nem pelas dificuldades e fraquezas da sua. Ouça quantos casos, veja como tudo deu errado... O desespero das famílias, a perdição dos protagonistas. A exclusão da sociedade... Pontos negativos, pontos negativos, pontos negativos, você consegue ver vantagens permanentes? Porque a droga não é algo que prejudica a um só... Ela é coletiva: um usa, vários sofrem, o ser humano se degrada, a vida em comum é esquecida pra dar prioridade á recuperação... E caso esta exista, ninguém envolvido, nunca mais serão os mesmos! Ela liquida, é humanicida!