AGAINST THE BRAIN FETISH

Dizer que não usamos a capacidade total de nosso cérebro é uma espécie de fuga dos prepotentes do “ser humano como estágio final”: ao mesmo tempo que desprezam essa criatura, até hoje coletora de fracassos, querendo que ela mude por inteiro, fabricam um álibi para que a mudança seja “totalmente invisível”, ou seja, que se opere milagrosamente neste ser humano corrompido. Porque ele tem um potencial infinito ainda dormente, é o que reza a crença neste novo Além. Obviamente esse disparate tinha mesmo de surgir na época da celebridade dos neurocientistas. Do seu consultório damos 2 saltos e... estamos lendo a sorte na borra do café e cheirando incenso.