Dona...

Neste preciso momento, sinto como se um vulcão fosse explodir em meu peito. Não é medo, nem solidão, é algo mais profundo e de certa forma desconhecida. Acho que o desejo de seu amor me contaminou de tal forma, que nenhuma palavra é capaz de traduzir o que há em mim. Com o pensamento nublado, o coração confuso e os sentimentos a ponto de voar pelas nuvens... o que posso fazer? Que respondam os culpados da minha doce agonia, a eles devo o magma que arde em mim e toda a cinza que em forma de pensamentos lhe envio até sua janela; na espera de que ao ver a noite nublada, se lembre de mim. Se chover que pense em minhas lágrimas. Se o sol queimar com o calor, que se lembre do toque da minha pele. Se o doce do seu café não é suficiente, que imagine os meus lábios. Se sente frio que lhe basta o rastro das minhas carícias em sua mente para se sentir bem. Se faltar alguma coisa em sua vida, que venha em minha busca. Embora talvez já não me encontre aqui. Assim como a lua meu amor se torna inconstante, hoje eu preciso e quero invadi-la por completa. Amanhã será apenas mais um ser humano que já não devo nem um suspiro, menos um pensamento... Pois serás a dona de tudo...

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 17/02/2017
Reeditado em 17/02/2017
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