Suplicas do silêncio
Eu aprendi que por mais que eu viva assim, nessa guerra interior, nada pode mudar, chega um determinado momento em que tudo deixa de doer, e vamos parando de nos importar, nos sentimos livres e felizes. Aprendemos que as pessoas se vão, e sempre chegam novas, que há uma vida inteira pela frente, que há muito mais coisas pelas quais ser feliz. Suplicar a presença seja la de quem for, deixa de ser algo importante, não mandar a "última mensagem" deixa de ser dolorido quando você descobre que ninguém se importa, e fica apenas você e o silêncio, não por indignidade, nem por orgulho, mas por respeito e amor próprio. Devemos sempre saber que nosso valor é muito mais do que os olhos veem, há sempre alguém destinado para cruzar nossos caminhos e nos tornar pessoas melhores e mais felizes. Posso escrever um livro sobre essas coisas, mas o mundo vai continuar sendo mundo, as pessoas irão continuar a errar e ficarem sozinhas de vez em quando, talvez seja necessário, para aprendermos que não devemos jamais colocar nossa felicidade nas mãos de ninguém, mas até descobrirmos isso, estaremos velhos, caquéticos e as vezes até patéticos, nos questionando sobre tudo isso, e ai lembro da peça "Rei Lear" de Shakespeare, onde o rei fica velho, antes de ficar sábio...