ANTAGONISMO SOCIAL
Sou! Apenas o eu e mais nada, e isto me faz pensar, nesta imensidão do nada, onde me encontro,deste ângulo de visão o mundo me parece menor,tenho uma invisibilidade notória!Não sou transparente, mas vago como um fantasma por onde passo!
Eu vejo todos e ninguém me vê ou não sabem quem sou, nem ao menos se interessam,saltei para um universo paralelo, fui para o inverso, aonde as sacolas são fechadas aqui são abertas,sou o contraditório!
A Irracionalidade sobre a cobiça material me trouxe uma companhia,é um mundo cão!
De tudo que foi descartado aqui é almejado, o mal cheiro não sinto mais, e se transformou inodoro, ficamos ambientados com que vivemos, o miasma aqui é perfume, entendi o reverso e o reciclo,é tudo volta para o mesmo lugar, no meio de tantos restos, eu somo um!
A solidão e a minha amiga imaginaria não responde e nem sorri ,também não mais me incomoda.
Minhas vestes segue um eterno modismo, maltrapilho e minha marca de grife, e meu padrão se tornou um praxe e o que esta em voga, e o carimbo da classe em que eu me encontro, mesmo sem nenhuma classe!
Tenho tantos sinônimos;de vagabundo à desocupado, mendigo, sem teto, desabrigado que por fim já esqueci meu nome! Talvez seja o antônimo da sociedade!
A esmola e a paga do meu sustento,o meu salário é depositado em parcelas sem data nem hora marcada em minhas mãos pela benevolência da sobra!
Quando perguntam,que fim levou a isto?Como se o fim fosse um começo! São tantas as perguntas que me perdi entre elas, enfim resta um não sei como resposta!
Não tenho teto por falta das paredes para sustentação,meu abrigo de concreto são as marquises, o restante das grandes construçoes,o cobertor se tornou uma casa e um banco e minha cama,a verdadeira alquimia da necessidade,minha morada e um improvisso sem numero para correspondência!
De inicio criado, no meio respeitado, e por fim desprezado, como tudo aqui deste lado , eu sou a sobra, e do que sobra, sobra em mim a esperança, recolho do lixo para não me sentir um trapo e eu aos trapos recolho para não me sentir um lixo, vivo do contraditório, vendo o que não tem valor, sou o simplesmente o avesso!
Prazer!Sou o Antagonismo Social!
(Do meu livroEscultor de Frazes)
(Uma Resposta para o mundo)
(Autor:George Loez)