PALAVRA DE APROXIMAÇÃO
Existe uma sentença que sei bem o que significa! Particularmente ela representa um sentimento incrível, que muitas das vezes nos força enxergar algum lugar habitável dentro da memória, uma verdadeira porta de passagem para o passado,a natureza tão sabia dentro das suas conclusões vem nos presentear com esta forma tão pessoal de pensamento na sensível afeição, a ausência prematura em qualquer instância nos parece no primeiro momento vir como um castigo pela ação torturante do suportar a falta, mas se torna uma dadiva para a valorização,mesmo que tardia!
Tem um momento choroso como se fosse uma espécie de abraço invisível metafórico tão apertado que nos faz doer por dentro,ou desperta uma alegria sem tamanho,o egresso vem como uma espécie de caixa onde se guarda algo de um peso insustentável pela desproporção,um tamanho quase indefinido dentro do aspecto de grandeza.
A tristeza ou alegria surge como um termômetro onde se mede a vontade de rever, esta nos tira de cena, apaga o hoje como uma borracha e nos prende naquele gigantesco mundo das lembranças de uma paisagem quase inenarrável,mas que traz a sutileza de detalhes vividos.
Presenteia-nos com um álbum eterno de recordações que nunca se apagará, e uma forma de conviver com o que se foi por uma simples imagem vista a um toque sentido quase que real, terá a nitidez pincelada pelo sentimento de amor e apreciação,cria esta junção quase palpável, a visão do que nos carece faz um ambiente de fraqueza e insuficiência dando um vazio pela exiguidade de qualquer força.
Esta elocução a que me refiro nos remete a esquecer do eu e recordar do outro ou de algo, a morte da presença demarca friamente a distância imensurável e inatingível do que ainda é amado, criando aquele vácuo onde entramos toda vez que nossa mente ousa recordar do que nos constitui a falta, onde nos faz rir ou chorar de acordo com a informação que nos vem, pela simples racionalidade e confronto com a realidade!
Tudo que nos é apresentado aos sentidos de satisfação e altamente valorizado pela carência, este tipo de lente de aumento que nos e colocado frente à face para mostrar a pequenez dentro das nossas vontades, o que parece preso se vai sem pedir qualquer licença ou permissão, na ousadia do próprio querer do destino, é uma força indescritível pela invisibilidade aos sentidos!
A análise desta sentença vem como uma reverência a sua plenitude, pois ela esta inserida no mundo dos pensamentos em meio a tantos que nos vem dentro da forma humana de consternação, não é uma expressão qualquer pelo que ela representa,ela pode ser apresentada como uma espécie de ponte entre o eu e o passado!
Agora surge um estilo de filme com roteiro definido por evidenciações, onde assistimos e depois aplaudimos ou não, fica aquele suspense em saber qual é o gênero de uma cena em que presenciamos quase sem querer! E continuamos sentados nesta poltrona interna numa gigantesca sala onde na tela apresenta a palavra de aproximação que nos da o conforto ou a dor formada por sete letras chamada SAUDADE!
(Do meu livro Escultor de Frases)
(Uma Resposta para o Mundo)