Possíbilidades

Pensando em possibilidades lembrei-me da tão famosa Lei de Murphy, não sei até que ponto uma Lei moral pode influenciar nas decisões do nosso cotidiano, penso eu que as coisas só pioram quando normalmente não medimos algumas situações e coisas o nosso redor, ou então somos cuidadosos a ponto de estragar com os nossos próprios planos, dizer que uma coisa não fica pior antes de estar ruim, como pensar assim de algo pelo qual temos total controle, afinal de contas somos seres pensantes ou utilizamos o famoso tapa olho pra não ver ao redor as mazelas ou oportunidades que me cercam, talvez por isso somos tão negativos, porque não somos capazes de se ligar no positivo da nossa própria vida, tornamos a vida do outro um inferno, fazer as coisas boas reclamando, já me torna um ser negativo, o que de bom eu vejo no universo se faço, do meu próprio, um casulo mofado de limo por esquecer-se dos pontos positivos de cada situação, somos humanos e vivemos como se fossemos árvores, plantadas no mesmo lugar esperando que alguém possa regar nossas raízes, vejo isso como uma ociosidade espiritual, é mais fácil eu deixar o outro fazer por mim, se der errado vai ser ele, e eu estarei entre os bons, mas bons em que sentido? Entre os bons que reclamam? Entre os bons de braços cruzados? Acredito que o bom é realmente aquele que enfrenta as consequências, pois algo me diz que se está enfrentando é porque tentou, enquanto os outros ociosos só descruzaram os braços para apontar os dedos, de que lado estamos afinal.

Me peguei pensando sobre os loucos e como eram tratados, quando diagnosticados como louco eram amarrados com uma camisa de força, e pasmem, para que o louco se comportasse era amarrado com camisa de força, eu sei, você está pensando que eu sou um idiota de dizer o que você já sabe, mas me responda uma coisa, você já conseguiu se livrar da sua camisa de força e viver suas loucuras sonhadas e nunca vividas, quantos sonhos você tem amarrados ao seu medo do que os outros irão achar, do que os outros irão pensar, não queria eu acreditar que os presos sempre fomos nós, e que os loucos foram sempre visionários e faróis de uma raça, que a inteligência deles nos fez inventar os celulares para podermos dizer que nós não somos loucos por estar grudados em um aparelho eletrônico, pois os loucos telefonavam com a palma da mão no ouvido, os visionários que tinham mania de perseguição são os mesmos que acham que câmeras de segurança nas ruas são perseguições e invasão de privacidade, loucos pensavam assim, acredito que descobriram que na verdade nunca foram tão loucos como nossa geração é, loucos por coisas banais, loucos por solidão, loucos por atenção, desmedidos na inteligência, já nem sei mais se a crase ainda é valida ou é mera formalidade desnecessária na minha ortografia pobre e sem sentido, quem sabe eu também esteja entre esses loucos querendo parecer um pouco normal, triste de mim se for isso mesmo.

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 16/05/2016
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