TUDO PRONTO

O palco está armado para às Olimpiadas Rio-2016. 
Muitos e muitos reais desviados de lugares sem muita importância (como a saúde a educação, dentre outros) para o sistema de governo desse inacreditável país.
Em meio a ciclovia que despenca, e leva com ela vidas humanas, essas últimas, sem muita importância, na visão dos políticos que governam a nação.
A cratera que se abriu na calçada em frente aquela praia que já foi sucesso na voz de Vinícius de Moraes. Na fala de quem administra à cidade, é só um fato isolado.
Sobrou até para a arena de handebol, atletas reclamam do odor nada agradável percebido no local. Os administratores culpam a proximidade com a lagoa, e cogitam (pasmem) jogar perfume, para com isso mascarar o fedor.

E assim caminha o país, sem eira nem beira, ao gosto do oportunismo, do descaso, misturado com o cinismo, daqueles que rezam pela cartilha da corrupção e da péssima gestão.

Aqui fica minha indignação, como um país, que vive uma crise econômica gigantesca, onde o número de desempregados está na estratósfera, a saúde esta na UTI, e a educação nunca esteve tão ruim, dentre outros tantos fatores a se lamentar. Pode diante desse cenário, dar-se ao luxo de sediar uma Olímpiada?

Enquanto isso na Suécia, país tido como de primeiro mundo. Seus representantes, declinaram de participar da concorrência para sediar as Olimpíadas de 2022. Argumentaram que ao colocarem no papel os gastos que um evento desse porte traria à cidade de Estocolmo seria alto demais, e um  eventual prejuízo teria de ser coberto com dinheiro público. 
Coisa inadimissível por lá. 

Já por aqui, isso é fato corriqueiro, sem contar os super-faturamentos sobre as obras.
Fica a pergunta: Brasil, que país é esse?




(imagem: Lenapena - Ubatuba)
Lenapena
Enviado por Lenapena em 01/05/2016
Reeditado em 02/05/2016
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