DIANTE DO MOMENTO
Bem cedo sai para caminhar, um hábito que cultivo há mais de quatro lustros. Antes de ganhar a trilha ladeada de mata espessa por onde caminho toda manhã, parei em frente ao jardim de minha casa, para admirar um galho de orquídea que desabrochou no tronco da palmeira imperial. É a primeira a florir, em meu novo endereço.
Olhei-a com enlevo, tanta beleza, ali, em meio ao céu e a terra.
Pensei o quanto temos que aprender com a natureza que nos cerca, ela é democrática de fato. Existe em todas as cores e formas.
A natureza não levanta bandeiras, não tem fronteiras, não toma para si partido desse ou daquele. Ela existe e deixa existir, cônscia do seu valor.
Diante do momento delicado pelo qual o país atravessa, fiquei pensando o quanto temos que aprender com a natureza.
Ao invés de nos mantermos unidos, para enfrentar a tempestade (a econômia que se mostra sem equilíbrio, a moral que parece que perdeu-se em meio ao mar de lama, o atendimento a saúde da população, que se faz precária, a educação que se mostra manca, a segurança visivelmente caótica) o que assistimos é a divisão do povo em partidos ditos de direita ou de esquerda, como se fosse um bolo que se divide em pedaços.
Termos pejorativos fomentam as separações e confudem ainda mais o que confuso já está.
Preconceitos arraigados há tempos, vem à tona, e o que assistimos, é o fermento levedando uma massa de crescimento perigoso e indevido.
A nação precisa de todos, sem exceção de ninguém, seja o cidadão o digno operário, a enfermeira, o médico, o professor, o faxineiro, o empresário, o industrial, o bancário ou o banqueiro.
Por quê então essa cisão entre as classes, por quê apelidos que insuflam a separação? Nem vou citar nenhum, tão em voga hoje, para não enaltece-los ainda mais.
Desde menina, assisto discussões em torno de partidos políticos. Neta e filha de operários de uma grande Fábrica de Papel, em nossa casa, meu avô era Ademarista e meu pai Janista. Ah, quanta polêmica, quanta discussão.
Cresceu comigo o hábito de observar, e assistindo tanta guerra em torno de siglas, bandeiras, decidi bem cedo em minha vida, a não ter preferência por nenhum partido político, e sim, admiração por alguns representantes do meio político.
Hoje percebo o quanto estava no caminho certo.
Observo que a filiação a esse ou aquele partido, torna boa parte das pessoas (não generalizei) fanáticas, intolerantes, e com isso incapazes de perceberem a realidade.
No momento presente, percebo consternada, o quanto o país grita por socorro, o quanto a nação pede por união, por paz, para que o ritmo normal de progresso possa voltar a fluir.
Nao vejo no que um país seja diferente de um lar. A não ser em termos de tamanho.
Em um lar é necessário haver união, respeito, ordem, cooperação, disciplina, trabalho, equilíbrio nas finanças, amor à tarefa que se está desempenhando, e claro, hierarquia, mas ela (hierarquia) só será válida se ditada pela moral. Se não houver a aplicação sincera de todos esses valores, viveremos em uma pocilga, mas nunca em um lar.
Talvez minha visão seja distorcida, ingênua, ou ainda simplista demais. Confesso, nada entendo sobre política. No entanto, diante do atual quadro político, creio que basta ter um pouco de bom senso, para perceber que o país precisa de mudanças urgentes.
(Imagem: Lenapena)
Bem cedo sai para caminhar, um hábito que cultivo há mais de quatro lustros. Antes de ganhar a trilha ladeada de mata espessa por onde caminho toda manhã, parei em frente ao jardim de minha casa, para admirar um galho de orquídea que desabrochou no tronco da palmeira imperial. É a primeira a florir, em meu novo endereço.
Olhei-a com enlevo, tanta beleza, ali, em meio ao céu e a terra.
Pensei o quanto temos que aprender com a natureza que nos cerca, ela é democrática de fato. Existe em todas as cores e formas.
A natureza não levanta bandeiras, não tem fronteiras, não toma para si partido desse ou daquele. Ela existe e deixa existir, cônscia do seu valor.
Diante do momento delicado pelo qual o país atravessa, fiquei pensando o quanto temos que aprender com a natureza.
Ao invés de nos mantermos unidos, para enfrentar a tempestade (a econômia que se mostra sem equilíbrio, a moral que parece que perdeu-se em meio ao mar de lama, o atendimento a saúde da população, que se faz precária, a educação que se mostra manca, a segurança visivelmente caótica) o que assistimos é a divisão do povo em partidos ditos de direita ou de esquerda, como se fosse um bolo que se divide em pedaços.
Termos pejorativos fomentam as separações e confudem ainda mais o que confuso já está.
Preconceitos arraigados há tempos, vem à tona, e o que assistimos, é o fermento levedando uma massa de crescimento perigoso e indevido.
A nação precisa de todos, sem exceção de ninguém, seja o cidadão o digno operário, a enfermeira, o médico, o professor, o faxineiro, o empresário, o industrial, o bancário ou o banqueiro.
Por quê então essa cisão entre as classes, por quê apelidos que insuflam a separação? Nem vou citar nenhum, tão em voga hoje, para não enaltece-los ainda mais.
Desde menina, assisto discussões em torno de partidos políticos. Neta e filha de operários de uma grande Fábrica de Papel, em nossa casa, meu avô era Ademarista e meu pai Janista. Ah, quanta polêmica, quanta discussão.
Cresceu comigo o hábito de observar, e assistindo tanta guerra em torno de siglas, bandeiras, decidi bem cedo em minha vida, a não ter preferência por nenhum partido político, e sim, admiração por alguns representantes do meio político.
Hoje percebo o quanto estava no caminho certo.
Observo que a filiação a esse ou aquele partido, torna boa parte das pessoas (não generalizei) fanáticas, intolerantes, e com isso incapazes de perceberem a realidade.
No momento presente, percebo consternada, o quanto o país grita por socorro, o quanto a nação pede por união, por paz, para que o ritmo normal de progresso possa voltar a fluir.
Nao vejo no que um país seja diferente de um lar. A não ser em termos de tamanho.
Em um lar é necessário haver união, respeito, ordem, cooperação, disciplina, trabalho, equilíbrio nas finanças, amor à tarefa que se está desempenhando, e claro, hierarquia, mas ela (hierarquia) só será válida se ditada pela moral. Se não houver a aplicação sincera de todos esses valores, viveremos em uma pocilga, mas nunca em um lar.
Talvez minha visão seja distorcida, ingênua, ou ainda simplista demais. Confesso, nada entendo sobre política. No entanto, diante do atual quadro político, creio que basta ter um pouco de bom senso, para perceber que o país precisa de mudanças urgentes.
(Imagem: Lenapena)