IMPRENSA, MANIPULAÇÃO E PODER!
Por: Patrícia Mirelly
Nossa Constituição Federal garante e assegura três poderes para reger o país: o Legislativo que é preparado e capacitado para criar as leis; o executivo que tem a função de executar as leis indicadas e aprovadas pelo Legislativo; o Judiciário que exerce a fiscalização do cumprimento dessas leis. E um quarto poder que formula ideologias em defesa de seus interesses e determina a agenda nacional. Não consta na Carta Magna, mas possui características tão parecidas quanto as que compõem o governo de nossa nação, por formar, conduzir e dominar a opinião pública.
Trata-se da imprensa, os veículos de comunicação que exercem o jornalismo e outras funções de comunicação informativa e de entretenimento, as quais sempre couberam um papel de destaque, atuando quase de forma invisível, mas predominantemente influenciando nas ações de comportamento e decisões da sociedade, extrapolando, em muitos momentos, sua principal função de bem informar, de forma isenta, a população.
Ao produzir a versão dos fatos, por exemplo, o repórter ou “Newsmarketing”, na teoria jornalística, as agências de notícias selecionam e repassam esse conteúdo para os jornais, que o modifica obedecendo a interesses dos controladores e as mudanças propostas pelos redatores, o “gatekeeper”.
Quando as notícias são veiculadas, há uma tentativa de influenciar o pensamento do telespectador, através da “Agenda Stting”, que aponta quais temas serão considerados de interesse coletivo, colocando no esquecimento outros não veiculados, ainda que sejam relevantes para a sociedade, calando aqueles que, por medo de perder o convívio social, não se manifestam e se aproximam mais das opiniões que consideram dominantes, chamada pela estudiosa alemã Elizabeth Noelle-Neumann de teoria da “Espiral do Silêncio”.
Assim o fez em 1965, com José Sarney, no Maranhão, quando o estado ocupava as últimas posições no índice de desenvolvimento e, mesmo assim, venceu dez eleições para governador. Fernando Collor de Melo também fora agraciado com o favorecimento da mídia, em 1968, nas Alagoas, ganhando notoriedade como o jovem promissor no combate aos “marajás”, funcionários públicos acusados de receberem salários exagerados.
Nas eleições diretas para presidente, em 1989, houve outro posicionamento claríssimo de todos os meios de comunicação a favor de Collor e em oposição a Luiz Inácio Lula da Silva. A falta de informação da população que votava após anos de ditadura militar, dava a segurança de que seus direitos e interesses estavam sendo defendidos, o que facilitou o controle das decisões.
É curioso pensar que, diferente do que ocorreu nos processos eleitorais citados anteriormente, na qual a mídia teve, de fato, um peso significativo na formação da opinião política, capaz de manipular o voto, essa manufatura do consenso continua sendo produzida, mas com menos força em alguns momentos.
Entre os anos de 2005 e 2006, por exemplo, inúmeras reportagens sobre o mensalão, maior escândalo de desvio de dinheiro e compra de votos envolvendo políticos, repercutiram em todos os veículos de comunicação, inclusive com imagens de pessoas indo a bancos e da própria CPI (Cúpula Parlamentar de Inquérito), que cassou o mandato dos deputados Roberto Jefferson e José Dirceu, ligados ao Partido dos Trabalhadores, não sensibilizou a população menos letrada, que representava, na época, 75% da força de trabalho, isto é, dos que tinham mais de 15 anos, que sabiam que sua vida havia melhorado com benefícios como o Bolsa Família, e não aceitou o que a mídia falava. Isso os fez favoráveis ao então presidente Lula, do próprio PT.
É certo que a imprensa pode, sim, fracassar em determinados momentos, mas não dá para negar as evidências de que manipulações existem conforme seus interesses mercadológicos e partidários. Ela continua sendo o poder e a formadora de opiniões, que informa ou deforma quando lhe é conveniente. Um insulto aos manuais convencionais que chamam de “melhor aproximação possível da verdade”, ao conferir todas as informações e, assim, transmitir os fatos de forma sábia e responsável ou da melhor maneira que conseguir apurá-los.
O mais desejável é que o público, que é o primeiro poder, evidenciado, sobretudo, pelo consumo das redes sociais, (facebook, twitter), exerça, de forma legítima, sua capacidade de decisão, ao partilhar suas ideias, seus anseios, suas vontades e, claro, a sua opinião, demostrando lucidez ao filtrar as informações e retirar delas apenas o essencial. É um direito da população – só da população.
Trata-se da imprensa, os veículos de comunicação que exercem o jornalismo e outras funções de comunicação informativa e de entretenimento, as quais sempre couberam um papel de destaque, atuando quase de forma invisível, mas predominantemente influenciando nas ações de comportamento e decisões da sociedade, extrapolando, em muitos momentos, sua principal função de bem informar, de forma isenta, a população.
Ao produzir a versão dos fatos, por exemplo, o repórter ou “Newsmarketing”, na teoria jornalística, as agências de notícias selecionam e repassam esse conteúdo para os jornais, que o modifica obedecendo a interesses dos controladores e as mudanças propostas pelos redatores, o “gatekeeper”.
Quando as notícias são veiculadas, há uma tentativa de influenciar o pensamento do telespectador, através da “Agenda Stting”, que aponta quais temas serão considerados de interesse coletivo, colocando no esquecimento outros não veiculados, ainda que sejam relevantes para a sociedade, calando aqueles que, por medo de perder o convívio social, não se manifestam e se aproximam mais das opiniões que consideram dominantes, chamada pela estudiosa alemã Elizabeth Noelle-Neumann de teoria da “Espiral do Silêncio”.
Assim o fez em 1965, com José Sarney, no Maranhão, quando o estado ocupava as últimas posições no índice de desenvolvimento e, mesmo assim, venceu dez eleições para governador. Fernando Collor de Melo também fora agraciado com o favorecimento da mídia, em 1968, nas Alagoas, ganhando notoriedade como o jovem promissor no combate aos “marajás”, funcionários públicos acusados de receberem salários exagerados.
Nas eleições diretas para presidente, em 1989, houve outro posicionamento claríssimo de todos os meios de comunicação a favor de Collor e em oposição a Luiz Inácio Lula da Silva. A falta de informação da população que votava após anos de ditadura militar, dava a segurança de que seus direitos e interesses estavam sendo defendidos, o que facilitou o controle das decisões.
É curioso pensar que, diferente do que ocorreu nos processos eleitorais citados anteriormente, na qual a mídia teve, de fato, um peso significativo na formação da opinião política, capaz de manipular o voto, essa manufatura do consenso continua sendo produzida, mas com menos força em alguns momentos.
Entre os anos de 2005 e 2006, por exemplo, inúmeras reportagens sobre o mensalão, maior escândalo de desvio de dinheiro e compra de votos envolvendo políticos, repercutiram em todos os veículos de comunicação, inclusive com imagens de pessoas indo a bancos e da própria CPI (Cúpula Parlamentar de Inquérito), que cassou o mandato dos deputados Roberto Jefferson e José Dirceu, ligados ao Partido dos Trabalhadores, não sensibilizou a população menos letrada, que representava, na época, 75% da força de trabalho, isto é, dos que tinham mais de 15 anos, que sabiam que sua vida havia melhorado com benefícios como o Bolsa Família, e não aceitou o que a mídia falava. Isso os fez favoráveis ao então presidente Lula, do próprio PT.
É certo que a imprensa pode, sim, fracassar em determinados momentos, mas não dá para negar as evidências de que manipulações existem conforme seus interesses mercadológicos e partidários. Ela continua sendo o poder e a formadora de opiniões, que informa ou deforma quando lhe é conveniente. Um insulto aos manuais convencionais que chamam de “melhor aproximação possível da verdade”, ao conferir todas as informações e, assim, transmitir os fatos de forma sábia e responsável ou da melhor maneira que conseguir apurá-los.
O mais desejável é que o público, que é o primeiro poder, evidenciado, sobretudo, pelo consumo das redes sociais, (facebook, twitter), exerça, de forma legítima, sua capacidade de decisão, ao partilhar suas ideias, seus anseios, suas vontades e, claro, a sua opinião, demostrando lucidez ao filtrar as informações e retirar delas apenas o essencial. É um direito da população – só da população.