Os grandes jornais, seguindo no processo de empobrecimento mental, promovem e disseminam jovens com o perfil “Kim Kataguiri” em suas colunas. Como crianças que ganham um presente caro, eles reverberam sabedoria, inebriados com o megafone cedido na imprensa. Há os que falam sobre política, os que dissertam sobre literatura, outros que escrevem sobre comportamentos sociais. É o exibicionismo do ególatra celebrando a própria estupidez. E tem gente que embarca nessa, bajula e divulga os amadores infantes que compõem a nova grife jornalística. Umberto Eco morreu, certamente, porque já estava deslocado num mundo onde o mau gosto juvenil, que não ultrapassa o kitsch, começa a ganhar ares oficiais de intelectualidade contemporânea.