FAMA: BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO?
Holofotes brilhantes a iluminar personalidades ávidas de talento, câmeras fotográficas que se embatem por espaço no registro da melhor posição, roupas de requinte indumentadas com acessórios exclusivos, essa é a ilustração de um cenário de glamour e fama aspirado com veemência pelos corações mais sonhadores.
Mas será que essa vida traz satisfação plena? Será que a fama tão almejada não é a mesma que agrilhoa a liberdade de seus detentores? Bem, a magia do cinema pode parecer um devaneio encantado de brisas leves e suaves, transportadas por correntes marítimas do sucesso, mas a calmaria das orlas praieiras podem enganar o enfoque das circunstâncias que parecem ornamentar a normalidade, cujo repentino desmantelamento das ondas pode perpetrar danos maiores do que se imagina.
O homem luta por um ideal e de repente alcança-o, conquistando a tão sonhada carreira artística, tornando-se a berlinda em voga e o átrio das atenções midiáticas. Apesar de todas as benesses conquistadas, um vazio nebuloso toma o seu espírito, dúvidas incontestáveis se fixam em seu interior e o questionamento do futuro vem à tona: e quando acabar? Conseguirei lidar com isso?
Quebrar as barreiras da mediocridade social, pode ser o flerte do momento, mas e quando o sorriso acabar? Como a frustração da perda poderá ser vencida? Muitos não entendem os motivos que levam diversos artistas ao suicídio e a depressão profunda após um período explosivo de fama, a resposta está no desapego.....Isso mesmo; desapego da opulência, do orgulho, da vaidade, das glórias infindáveis, do ganha ganha que não pode parar.......O remédio para essa "magia" do sucesso (assim como uma poção com tempo limitado) é lidar com perdas........aprender a ceder espaço para as frustrações, sacrificar o hedonismo massante apregoado pelo "saciar sempre e a qualquer custo"................aceitar o NÃO impertinente que a vida nos impõe, é a melhor maneira de receber os SINS vindouros, pois estaremos com nosso espírito cultivado no adubo do desprendimento, tendo em perspectiva que nada nos pertence: o corpo é da terra (pó) e a alma de DEUS.