"........O poder da crença imaginária........"

Toda constituição lendária apresenta em seus moldes pitorescos a busca pelo desconhecido. Essa infindável sede de saber sobre algo imaginário é a raiz que dá vida á potencial criatividade de cada ser. Medos, fobias, sensações de aflição, comoção, alegria, perdas, amor, todo esse emaranhado de sentimentos misturam-se no enredo da lenda, que vai ganhando emoção conforme a entonação artística de seu contador.

Desde as épocas clássicas da Grécia, esse tipo de narrativa costumava explicar os fenômenos naturais que deram início aos tempos, buscando mitologicamente descrever a "verdade dos fatos". Algumas personagens das mencionadas narrativas ficaram para a historia, tais como Hércules, Ulisses e Aquiles, cujo heroísmo ainda é tema insuflado em representações teatrais e cinematográficas.

A imaginação poética contextualizada nesses tempos áureos, perdeu sua essência nos palcos mentais do "homem moderno", tão convicto de razão e lógica que ao ouvir contos lendários, na maioria das vezes satiriza com desdém o narrador, pensando que o universo da literatura e filosofia não movimentam os números monetários da vida real. Mas será que é assim mesmo?

Não quero defender a fastidiosa fantasia proveniente de lábios demagogos, mas impetrar o estímulo á um equilíbrio entre o sonhador idealista do pensador racional.

A fonte vertente aliviadora das almas aflitas, proeminente divisor da história humana, Jesus Cristo, utilizava com frequência notáveis parábolas para engajar seus ensinamentos. Ora, se o maior de todos os seres viventes que aventou os pés na terra empregou o salutar recurso da imaginação figurante, porque os "doutores" do século corrente criminalizam o uso da ficção para ilustrar um problema atual?

Recordemos a frase memorável do grande homem do século passado:"A imaginação é mais importante que o conhecimento" (Albert Einstein). Sendo assim, tudo que está no mundo externo um dia foi fruto da imaginação de alguém (edifícios, casas, pontes, etc), dessa realidade não há esquiva.

O verdadeiro poder do homem não está no papel representativo de valores que é o dinheiro, mas sim no interior das terras inexploráveis de sua imaginação.

Domliterato
Enviado por Domliterato em 05/02/2016
Reeditado em 05/02/2016
Código do texto: T5533926
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