Maldades e maldosos V parte

Como escrevi no capítulo anterior, a maldade existe desde que o mundo foi criado, e porque ela existe desde que o mundo foi criado acho que não vou conseguir destruí-lo com a bondade que eu posso carregar dentro de mim, não sei quem vai ler este trabalho, mas sei que quem ler poderá mudar a forma de pensar sobre o bem e o mal, não somos seres ruins, nunca fomos, nem fomos criados para a maldade, foi uma escolha passada que nos deu a opção de continuar ou de decidir o que é melhor para nós, lembro que uma sociedade inteira não pode pagar pela maldade de um, que a falta de oportunidade não pode ser culpa da sociedade, se quem define sobre oportunidades são alguns e não todos, sobre a vida, bom sobre a vida, não podemos decidir quem deve ser bom ou não, isso é uma questão pessoal daquilo que eu vivi ou estou vivendo, para muitos o para sempre pode acabar, mas a bondade é eterna, como também posso fazer da maldade eterna assim se eu a escolher como um dos caminhos e não como uma opção, se eu achar que a maldade é um caminho eu sempre vou correr os riscos da recaída, e como é difícil de se levantar depois das recaídas, a maldade dos olhos alheios são mais fortes muitas vezes, julgar o bem é muito melhor do que julgar o mal, então acabo me satisfazendo em ter minhas recaídas para ter um descanso de tantos julgamentos errados sobre a minha vontade de ser bom, de mudar e ser melhor.

Assim penso, se não puderes ser uma árvore, para enfeitar o topo de uma colina, seja um arbusto no vale, mas seja o melhor arbusto à margem do regato. Seja um ramo, se não puderes ser uma árvore. Mas se não puderes ser um ramo, seja um pouco de relva, e de alegria a algum caminho. Se não puderes ser uma estrada, seja apenas uma senda, se não puderes ser o Sol, seja uma estrela. Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso... Mas seja o melhor no que possas ser.

Escrever essas coisas nos faz pensar demais, deveríamos escrever mais para nunca deixar de pensar no que somos e no que fazemos, se nossa vida é uma vida de boas atitudes ou estamos fazendo propagando do que não somos, entre pecado e santidade, acho que deveríamos escolher entre bem e mal, é mais simples, mais direto ao ponto que precisamos definir sobre nossas vidas, porque complicamos o simples? Porque não aceitamos o óbvio? Que a humanidade precisa de mais bondade e não de mais maldosos, julgar está no nosso cotidiano como algo que não podemos viver sem, como se fosse essencial, mas o pequeno príncipe ensinou o que muitos antes já haviam nos falado, o essencial ou a essência está no que carregamos dentro de nós, talvez eu esteja repetindo demais meus conceitos, mas que conceitos carregamos dentro de nós sobre bem e mal, sobre bondade e maldade, com certeza só o que nos convém, pois vivemos a maior parte de nossa vida somente de conveniências, e achamos que é esse o caminho da realização, da verdadeira felicidade, nunca ouvi dizer que alguém é realmente feliz nas maldades que carrega ou que pratica, pra tudo se tem apenas um tempo como dizia Eclesiastes, e se alguém é feliz na maldade não poderá se entristecer quando ela não der mais felicidade, pois a um tempo para tudo, e a única certeza que tenho do tempo é que tive meu tempo para nascer, e terei o meu tempo para morrer, nesse meio tempo entre nascer e morrer, preciso deixar minha marca, e que seja pela bondade que carrego, nunca pela maldade que pratico, pois a maldade nunca fez a minha pessoa, e acredito nunca fez a pessoa de ninguém, só o que fez foi o simples prazer temporário de uma conquista sem valor de conquista.

Descobri quando subi uma colina que tudo o que eu preciso é o nada que normalmente carrego, o nada que me dá a certeza de se ter tudo o que é necessário, pois se eu achar que preciso do tudo(trinta moedas) para ser feliz, descubro que elas não são nada perante o nada que realmente preciso ter e ser.

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 04/11/2015
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