De uma forma geral, quando falamos em nação, englobamos a região, lingua falada e o povo que a forma, com seus costumes e sua história. Ultimamente tem-se acirrado conflitos entre algumas ideologias, aumentando a intolerância entre diversos povos e sistemas governamentais; são guerras por dominação ideológica, guerras por poder econômico, interesses tantos, que faz-se necessário pensar se é realmente o ser humano um ser pensante, um ser que se diferencie realmente de outros habitantes deste planeta.
Recentemente a Europa tem sido destino de milhares de imigrantes, fugindo da guerra em seus países de origem, em busca de nova terra onde possam viver, trabalhar e criar seus filhos com dignidade.
Países europeus, discutem a divisão desses imigrantes e a permissão para permanecerem em seus territórios. Curiosamente, alguns desses países, e outros fora do continente, ao terem conhecimento do sofrimento desse mesmo povo, recentemente, entraram em conflito armado, com a afirmação de estarem defendendo o direito à liberdade, com discursos humanistas. A atitude é um pouco contraditória, ficando claramente que essa intervenção tinha interesses econômicos, ficando claro não existir diferença entre antigos opressores e os ditos libertadores; basta observar que nem todos tiveram essa “atenção”. Fica mais fácil entender se for observado que empregando um por cento dos bilhões de dólares gastos com guerras, na solução de problemas simples em países mais pobres, livrando estes de ditaduras e opressores, não se teria motivo para um deslocamento tão grande de pessoas, arriscando suas vidas e de seus filhos.
Sendo esse quadro que se apresenta, há de se ter como separar o conceito de nação. É sabido que receber repentinamente tantas pessoas gera problemas econômicos, de logística e sociais. Procura-se um motivo pelo qual se vejam obrigados a receber tantos imigrantes, os quais não contribuíram para a formação da atual nação. Antes de mais nada, se faz necessário saber diferenciar “nação”- povo, de pessoas. Faz-se necessário ver esses imigrantes, não como povo de outra nação, mas como pessoas, não importando suas origens. O ocidente, que se diz democrático e evoluído, afirmando viver em um sistema melhor e sem preconceitos, deveria dar exemplo do que prega, procurando entender o que se passa com essas pessoas, à mercê da própria sorte, se colocando na posição destes. Talvez assim possa-se afirmar que somos seres em evolução, todos habitantes de um local chamado Terra.
06/09/15