NOVA RELIGIÃO MUNDIAL

A finalidade de todas as religiões, ciências e filosofias é a evolução espiritual do planeta, que ainda engatinha com dificuldade no caminho da regeneração moral.

A nova religião mundial será baseada na existência íntima de Deus, na relação harmônica do homem com o homem, na realidade provável da imortalidade da alma e na necessidade da busca pessoal da iluminação pelo autoconhecimento.

Felizes os ricos de espírito, porque os pobres de espírito não respeitam a diversidade, nem praticam a solidariedade.

Felizes os que lamentam a desgraça alheia em vez de lucrar com ela, porque serão recompensados pela justiça divina.

Felizes os líderes mansos, porque o discurso de ódio não se irmana com a paz social.

Felizes os que conhecem a fome e a miséria, porque terão empatia pelas famílias vulneráveis à marginalização.

Felizes os misericordiosos de coração, porque de indulgência necessitam todos os corações.

Felizes os inimigos da opressão e da censura, porque serão amigos dos anjos guardiães dos direitos individuais e sociais.

Felizes os que cultivam o bom senso no campo da razão, porque colherão os bons frutos da sabedoria.

Felizes os que combatem as injustiças sociais, porque terão o mérito da vitória sobre o individualismo e a ganância.

Felizes os que amargaram as desvantagens do desamor, porque aprenderam a valorizar as vantagens do amor.

Felizes os que sofrem reveses na vida, porque as adversidades despertam virtudes adormecidas na alma.

Felizes os sensíveis, porque os insensíveis não sabem amar sem tirar proveito da relação.

Felizes os libertários, porque não lutam por si mesmos, mas por um ideal humanitário.

Os felizes são a luz do mundo e dão luz aos que estão na escuridão. Esse altruísmo desinteressado faz parte da felicidade deles.

Não é a doutrinação da fé, mas a fé em ação que define o humanismo moderno como uma filosofia espiritualista que rejeita os dogmas religiosos e repousa sobre as ciências humanas. O humanismo moderno é um pensamento filosófico focado na justiça, na razão e na ética, com o objetivo de dar sentido à vida. Difere do fundamentalismo religioso na medida em que não impõe verdades inquestionáveis. Em lugar disso, propõe ideias de modo interrogativo, a fim de despertar na consciência humana o interesse pela reflexão. O fanatismo religioso vem causando inúmeras mortes desde que o homem criou Deus à sua imagem. As características principais que identificam o fanático religioso incluem o autoritarismo, a passionalidade, o exclusivismo e a hostilidade.

Felizes, enfim, os que pensam com a mente aberta, porque não serão manipulados pelos falsos profetas.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 20/08/2015
Reeditado em 01/08/2017
Código do texto: T5353362
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