Helena versus Ronaldo
Confessa, cara leitora, caro leitor, se não seria esse o prélio dos teus sonhos? Um duelo de titãs, da poesia. E essa expressão que a gente plagia dum antigo e épico faroeste, na sua versão em português, tem todo sentido para colocar o Recanto em alarido.
A musa alencarina - de adoção - versus o floral vate bandeirante quatrocentão. Posso não acertar, com precisão, nessa definição, mas que impacto - de facto - irmão. Poeticamente correto esse repto. Será que ainda acontece? A gente só espera, onírica quimera, que seja atendida a prece.
A habilidade e a ingeniosidade da tessitura do verso helênico anda no nosso prato de leitura de cada dia, como o pão que nos vem da padaria. É em suave catadupa a inspiração que sai da pena, quase sempre amena dessa louçã artesã.
E em seu estro de maestro, arrebatador, coloca-se do lado oposto, com todo gosto, o perfeito - que outro jeito - galanteador. O dom de um Don Juan de versejar o que não há de deixar para amanhã. Campeoníssima de leituras, a composição ronaldiana poreja poesia, noite e dia, numa faina
que emoções e corações sacia.
Chamem o Trovador das Alterosas e o Violeiro Dilson Poeta para musicarem esse embate, que já começa com prolífico empate.