QUEM É FELIZ?

Quem é feliz? Quem é verdadeiro. Nega a si mesmo quem mente, transmite as sombras do mundo tenebroso de sua vida pequena, sob os muros da irrealidade, coberta de frustrações de sonhos apagados.

Mentir é diferente de errar. O erro por falta de condições de avaliar o que esteja certo exculpa o errado. Todos têm limites. É da natureza humana errar, se não fosse o erro nada aprenderíamos. Destaque-se que a exoneração da culpa quanto a ser verdadeiro ressai da não persistência no erro.

A pior conduta humana, com a sequela do prejuízo próprio, e por isso ignara, é conhecer seu erro e nele permanecer. Por um dos predicados da personalidade negativa, vaidade, pretensão, ser um opinioso desaparelhado, a caminhada no erro é reiterada, e será sempre um errado para os que conhecem a verdade e mentiras contrárias às estabilidades unanimemente definidas em qualquer atividade ou área.

Existe quem do erro se alimenta, e até dele necessita para se afirmar, não pelo proveito, que é nenhum. Dostoiévisky, em “Irmãos Karamazov”, dizia que “O principal é não mentir para si mesmo. Quem mente a si mesmo (ou seja se engana quando pensa enganar) e dá ouvidos a própria mentira, chega ao ponto que não distingue nenhuma verdade nem em si, nem nos outros, e portanto passa a desrespeitar a si mesmo e aos demais. Sem respeitar a ninguém deixa de amar...”. Parênteses meus.

Para situar exemplaridades, sentir medo, confiança, desejar algo, ser colérico, ter piedade, comiseração, prazer e sofrimento, excessivamente ou muito pouco, não é muito bom. É necessário experimentar e enfrentar esses sentimentos nos momentos certos de forma adequada, relativamente aos objetos certos e às pessoas, de maneira certa, o meio termo é o melhor, descerra o caminho da excelência.

Não se pode chegar a extremos, à mentira ou à verdade absoluta, mas certos fatos unânimes em conquistas de estabilizar verdades são incontestáveis. E a mentira é o primeiro ponto para inicio de tudo que desserve e desrespeita.

Mentiras são como predicados para os que predicados conhecem, há ou não uma presença negativa ou positiva, as de atributo negativo, por problemas pessoais insuperáveis, sem solução possível, se tornam claras. Passa o tempo e a mentira pessoal vence permanentemente. Só é possível acertar de uma maneira, e errar de várias.

Na idade média a Igreja viu sepultada suas teorias sobre a Terra em sua quadratura, era uma mentira clara, e quis martirizar muitos cientistas que estavam com a verdade, negavam essa hipótese. A maioria não recuou, alguns morreram com suas verdades. “O último prego do caixão da autoridade da Igreja foi batido pela ciência”. O Livro da Filosofia. Copérnico, Kepler e Galileu demonstraram o modelo ptolomaico da Terra.

A mentira faz cisões relevantes. Critico e censuro veementemente a venda de milagres pelos novos crentes, uma mentira visível na TV, mas também a Igreja na idade média vendia indulgências ridículas para pessoas comprarem a saída do purgatório de entes queridos que lá estariam, ou para comprarem a própria entrada no céu, com moeda corrente. Isto é ridículo.

Diante disso Lutero rompeu com a Igreja e fundou o Protestantismo, a conhecida Reforma, combatendo esse comércio, nas proximidades dos anos 1500.

A verdade se opõe de forma veemente à mentira, vemos tantos dando consultas sobre o que nunca ouviram falar, em variadas ciências, sobre isso escrevendo na mídia aberta, pessoas cometendo crimes contra a saúde vendendo beleza e estética pelo exercício ilegal da medicina, e a grande (des) ordem política que nada de braçadas na mentira, outras ensinando línguas quando a própria língua desconhecem, ou ciências sem saberem quem foi iniciático em gravitação e luz branca, ou a relativização do tempo, quando se relativizou como conhecimento através de Einstein, deixando uma crença que tempo e espaço são relativos e entrelaçados, vendo no tempo uma espécie de lugar onde a gente caminha, mas contestado, também, por um brasileiro que conheci, o físico Cezar Lates, pela falta de medição da velocidade do laboratório de Einstein para elaborar a famosa equação.

Mesmo que agora você esteja parado lendo você está se movendo, ao menos, na dimensão do tempo. O tempo está passando e você nele se movimenta como se estivesse em um trem que corre para o futuro em uma velocidade constante.

A mentira está solta, faz parte do homem, mas quando verdades óbvias são demonstradas, quem persiste no erro é inferior pelos predicados negativos que estas pessoas fazem questão que integrem suas personalidades. E nada se pode fazer. Nunca serão felizes, e por vezes pensam que são. Um mundo anão, apequenado. Felicidade aparente não é felicidade, não carrega universalidade, o todo do qual se faz parte verdadeiramente. Ninguém é dono de verdade alguma, mas não há absoluto contra conquistas unânimes, assentadas, da mesma forma que ninguém pode contestar universalidades, unanimidades plurais, como por exemplo, todos são mortais. Ou que o mentiroso é um pobre de espírito, aquele que resiste ao que o homem já conquistou como verdade. O que faz a diferença são as consequências da verdade como da mentira, basta ter um mínimo de percepção para ver o que ambas alcançam e produzem.Um estado ou não de felicidade.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 26/05/2015
Reeditado em 27/05/2015
Código do texto: T5255803
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