o quê é passado?
a madrugada, lar dos poetas.
a noite começa a dar tchau mas a escuridão nunca acaba, criamos nossos próprios pesadelos e a pior parte é tê-los enquanto estamos acordados.
o tempo passa, pena que isso só é percebido no momento que olhamos a data atual e pensamos o quê diabos fizemos da vida até agora desde quando a alegria se foi.
não, isso não vai se tornar mais um texto depressivo a lá bukowski, mas hoje percebo que o verdadeiro veneno da alma não é a solidão e sim a saudade.
não digo aquela saudade que é definida pela falta ou ausência mas sim a saudade das nossas escolhas ou a falta delas.
arrependimento, falta, vergonha, alegria, saudade...todos passamos por isso e temos o dom de sempre acharmos que já houveram dias melhores,e nos afogamos cada dia mais na volátil e inconstante fé de quê algum dia tudo voltará ao normal.
então lhe pergunto, você que veio até aqui, qual é o seu normal? essa pessoa fria que busca cada dia mais a perfeição entre ser e expor, ou a calmaria sincera e aberta que aquece e alegra por onde passa?
não existe objetivo real a partir do momento que ele é planejado, idéias só cabem por completo no papel.
seja mais do quê planeja,e faça antes do quê agendou. viver de metas resulta em adiamentos que fazem o tempo passar de tal forma a qual você só percebe quando muda de idéia e se ilude denovo na crença de que dessa vez vai funcionar.
não mande mensagens, bata na porta, não tenha saudade pois a sua lembrança é mais velha do quê você imagina,o mundo não diminui o ritmo pra você poder correr atrás e alcança—lo então pare de pensar...e tente.